quinta-feira, 24 de junho de 2010

Ibope finalmente admite a virada: Dilma, 40% x Serra, 35%

Com um mês de atraso, o Ibope confirmou o que institutos independentes de pesquisa — como a Sensus e o Vox Populi — já anunciavam em maio: Dilma Rousseff (PT) ultrapassou o tucano José Serra e lidera a corrida à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo levantamento do Ibope divulgado nesta quarta-feira (23) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a candidata petista chegou a 40% das intenções de voto, contra 35% de Serra e 9% de Marina Silva, do PV.
O resultado da pesquisa teve um sabor ainda mais amargo para o presidenciável tucano. Ao longo de junho, Serra apostou na propaganda ilegal e foi amplamente exposto nos programas eleitorais que PSDB, PTB e PPS veicularam na TV. A tática da oposição — resumida por um cacique na velha expressão “o crime vale a pena” — revelou-se inútil.

O Ibope mostra que a ascensão de Dilma é diretamente proporcional ao declínio de Serra. Na última pesquisa do instituto, feita a pedido do jornal O Estado de S.Paulo e da TV Globo e divulgado último dia 5, Serra e Dilma estavam empatados, com 37%, enquanto Marina aparecia com 9%. Já num levantamento anterior do Ibope, divulgado pela CNI em 17 de março, Serra ainda liderava as intenções de voto, com 38% dos entrevistados, contra 33 % de Dilma e 8% de Marina.

Segundo turno

Dilma também venceria um eventual segundo turno contra Serra. A pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta-feira aponta a candidata de Lula com 45% das intenções de voto — Serra tem 38%. Na pesquisa anterior, feita em março deste ano, Dilma era apontada por 39% contra 44% de Serra.

Se Dilma disputasse o segundo turno com Marina Silva, ganharia com 53% (ela tinha 48% em março) contra 19% da candidata verde (17% em março). Já no caso de um segundo turno entre Serra e Marina, o tucano seria eleito com 49%. Em março, ele era apontado por 55% dos eleitores que responderam a esta hipótese. Marina Silva receberia 22% nesta situação, contra 17% aferido em março.

Espontânea

Dilma ainda aparece em primeiro lugar na pesquisa espontânea das intenções de voto feita pela CNI/Ibope com 22% da preferência do eleitorado. Na última pesquisa, em março, ela tinha 14%. Na espontânea, os entrevistados falam em quem pretendem votar para presidente sem que o entrevistador apresente antes o nome dos candidatos.

Nesse cenário, Lula — que não pode concorrer a um terceiro mandato — vem em segundo lugar, apontado por 20% do eleitorado. Em março, 9% apontaram Lula como sendo o candidato deles à Presidência este ano. Serra também cresceu, chegando a 16% contra 10% na pesquisa anterior. Já Marina passou de 1% para 3%. A pesquisa foi feita entre os dias 19 e 21 deste mês, com 2,2 mil entrevistados de 140 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

“Péssima notícia”

Antes que tucanos e demos venham minimizar o conjunto dos resultados, Fernando Rodrigues, da Folha de S.Paulo, já classificou a nova pesquisa do Ibope como “uma das piores notícias que o candidato tucano poderia ter nesta fase da campanha”. O jornalista lembrou que, “em maio, Dilma teve forte exposição nos programas partidários do PT. E a candidata subiu. Serra repetiu a receita, mas não deu certo”.

Mais lamentável ainda é a situação do próprio presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, e da revista Veja. Em agosto, a publicação maior da Editora Abril deu imensa visibilidade a uma entrevista na qual Montenegro previu a inevitável vitória de Serra.

“Dilma, em qualquer situação, teria 1% dos votos. Com o apoio de Lula, seu índice sobe para esse patamar já demonstrado pelas pesquisas, entre 15% e 20%. Esse talvez seja o teto dela”, declarou Montenegro, do alto de sua arrogância. A Veja não pensou duas vezes e escolheu uma manchete mirabolante: “Lula não fará seu sucessor”. Enfim, o presidente do Ibope foi “traído”... pelo próprio Ibope.

Da Redação, com agências

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Antonia Pedrosa pode perder mandato - E a dentadura?

09.06.2010 às 07:49

A quatro meses da disputa eleitoral, a Bahia poderá ter o primeiro caso de perda de mandato. Trata-se da deputada estadual Antonia Pedrosa (PMDB), que foi denunciada ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA) pelo suplente Eudorico Alves (PRP), por abandono de partido, após o prazo legal estabelecido pelo Tribunal. Segundo o ex-companheiro de legenda, que pleiteou o cargo de parlamentar na AL, o processo já está em fase final, o que irá lhe condicionar a ocupar a cadeira da deputada. Conforme Alves, a infidelidade partidária foi constatada e resta apenas o veredicto da Corte, que é irrecorrível. Conforme ele, quando Pedrosa foi eleita em 2006, o seu antigo partido ainda apoiava o ex-governador Paulo Souto (DEM), em seguida caminhou ao lado do atual governo. De acordo com o advogado, Manoel Nunes que faz sua defesa, essa teria sido a forte razão apresentada pela deputada na época para sua desfiliação. “Sua saída não foi imotivada. Com a adesão do PRP à gestão estadual, ela passou a se sentir pressionada, na época, a votar com o governo, sendo discriminada. Para ela, houve um abandono de ideal partidário”, justificou Nunes. (Tribuna


Transcrevi do site POLÍTICA LIVRE, a matéria sobre a possível perda de mandata da deputada Antônia Pedrosa e pergunto sobre a dentadura.
Meu questionamento, é tão somente pela forma eternamente grosseira e desequilibrada com que a deputada se refere aos adversários políticos aos quais trata como inimigos a serem exterminados.
O mundo dá muitas voltas. A deputada que atacou ferozmente a prefeita Jusmari por ocasião da cassação em 2009, deixando cair inclusive a dentadura em plena Sessão na Assembléia, dessa vez ficou caladinha quando mais uma vez a prefeita foi cassada. Agora se sabe porque: Corre o sério risco de ser cassada por infidelidade partidária. Vale o velho dito popular: O RISCO QUE CORRE O PAU, CORRE O MACHADO.
O ex-prefeito Antônio Henrique, quando perdeu as eleições e teve suas contas anuais analisadas pela Câmara em 2005, vociferou nos microfones das emissoras de rádio, que uma das vereadoras que votara contra suas contas era prostituta do poder. Que a vereadora o apoiara e estava votando contra, depois de ter se beneficiado do seu governo.
Relembro fato, apenas para servir de ilustração da situação da deputada que não nada difere do que o seu marido acusou a vereadora. Eleita deputada pelo PTB, Antônia Pedrosa era alinhadissima com as hostes carlistas e eleitora fiel de Paulo Souto a quem tecia mil elogios. Saiu do PTB e buscou uma legenda inexpressiva que garantisse sua reeleição na base governista de então. Bastou Paulo Souto perder o poder, que a deputada descobriu que era Wagner desde criancinha. Sua primeira providência foi pedir cargos e mais cargos para contemplar os amigos e seus interesses. Obras, nada. Com a situação constrangedora da perda de apoios e votos na região, a deputada se viu desabrigada e correu para os braços de GEDDEL e virou PMDB desde criancinha também. Coerência política, zero, compromisso com o oeste, zero, respeito aos eleitores, zero também.
Políticos como Antônia Pedrosa, que muda de Partido, como quem muda de roupa, tem mandato apenas para benefício próprio e manutenção da estrutura arcaica de poder. Quem pena e paga é o oeste, que ainda tem que ouvir discursos eleitoreiros que propõe a criar o Estado do Rio São Francisco, sem ao menos cuidar das graves necessidades que temos na região. Só teremos estado forte, na medida em que tivermos representantes legítimos na luta pelo desenvolvimento e inclusão de uma região rica como o oeste.
Expresso aqui o que penso a respeito da situação política que envolve o oeste e a representação que temos. Não desejo que a deputada não perca o mandato. Mas, que repense a atuação e a relação política que mantém com os adversários.
A cassação de Jusmari é por parte daqueles que foram derrotados na eleição e não aceitam a sua vitória. Todos os processos foram movidos pelos adversários especialmente, a deputada Antônia Pedrosa. E a cassação da deputada, não precisou de adversários e inimigos. Ela própria construiu sua teia de aranha e hoje está presa nela: A sede de poder.

Kelly Magalhães
Vereadora