Ontem no Dia Nacional de Mobilização pela Educação, os professores foram as ruas em todo Brasil para protestar contra a situação da educação pública e exigir o Piso da categoria. Em Barreiras vários manifestantes saíram da porta da Igreja Matriz em direção à Câmara de Vereadores para entregarem documentos contendo as reivindicações para os vereadores e depois irem à prefeitura com o mesmo propósito.
Lamentavelmente, ao chegarem a porta da Câmara, os professores demonstraram ter outro objetivo que não o de lutar pela educação pública. Recebidos com todo apoio pela Câmara, especialmente por mim na condição de presidente do legislativo, ouvimos apenas xingamentos e ofensas aos vereadores e ao Poder Legislativo. Convidada a falar no microfone pela coordenação da mobilização, falei sob vaias de todos os presentes, o que mostrou claramente que o evento era politiqueiro e acima de tudo com o objetivo de tentar nos atingir enquanto autoridade. Na democracia, os aplausos assim como as vaias são aceitos; mas, na medida em que a pessoa é convidada a falar num evento, no mínimo se espera respeito, principalmente de quem se diz educador. Não me senti ofendida, já esperava, até pq determinadas pessoas que estão no SINDSEMB, estão apenas para não trabalhar como fizeram a vida toda na condição de professora e o sindicato é um ótimo subterfúgio para isso.
Mas, o que me causou espanto mesmo, foi ao final do movimento, conversar com dois professores da UNEB e perguntar o pq das vaias e um deles dizer que era uma vergonha eu apoiar uma prefeita que trata a educação como está tratando em Barreiras. A surpresa, é que, o dito professor é do PT, trabalha na UNEB e não conseguiu tirar o cisco do seu olho antes de olhar para o meu. Logo eu, que com o meu Partido sempre fomos aliados de primeira hora, inclusive nas horas difíceis como a crise do mensalão que contou com nosso apoio decidido para retomar o rumo e abraçar a continuidade de um projeto de desenvolvimento a longo prazo capitaneado por LULA que alguns aloprados quiseram melar, e hoje vemos os resultados positivos com o país em franco desenvolvimento e fortalecido depois de uma crise que solapou vários gigantes e nos manteve firmes. Que é isso companheiro?
Será que posso culpar o governador Wagner pelas escolas estaduais caindo aos pedaços que há decadas não passam por reforma?
será o governador do PT e meu governador, o responsavel pelo acidente que vitimou duas adolescentes condenado-as a uma cadeira de rodas pq um muro velho do Colégio Estadual de Barreirinhas caiu sobre elas em seu primeiro ano de governo?
Será o atual governo responsável pelos dois milhões de analfabetos que a Bahia tem?
Pq será que o estado continua com o mesmo sistema que tanto criticamos de contratação por PST, REDA e empresas terceirizadas de professores e servidores que passam até seis meses sem receber? é possível o governo resolver em 3 anos problemas de três décadas?
Pq será que até hoje a situação das universidades estaduais, especialmente a UNEB que é multicampi e cumpre uma importante papel no desenvolvimento da Bahia e no Oeste não tem professores e servidores suficientes e estão sempre em greve por melhores condições de salário e trabalho? será que é o desejo do governador? Tenho absoluta certeza que não; sei que um Estado do tamanho do nosso e com a complexidade política para se governar, especialmente com uma assembléia composta em sua grande maioria por deputados fisiologistas que trocam cargos por aprovação de projetos, dificultam a vida do governo que precisa de base de apoio no parlamento para aprovar os projetos de interesse do povo e muitas vezes não consegue; certamente muito já se fez e tenho certeza que o povo reconhecerá que Wagner precisa de mais um mandato para entreger ao povo da Bahia o que de fato merecem: educação pública de qualidade, ensino superior público, gratuito e de qualidade, saúde, estradas, emprego, inclusão social e um Estado forte, que promova a dignidade humana e o desenvolvimento sustentável que todos desejamos para superar as três décadas de atraso que colocaram a Bahia como campeã no analfabetismo, desemprego, pobreza e violência. Por participar desse projeto politico que elegeu LULA presidente e Wagner governador, é que rechaço com convicção a crítica do companheiro e reafirmo nosso propósito da construção de um município com igualdade e justiça e acima de tudo parceiro do estado e do governo federal colocando os interesses coletivos em primeiro lugar. Todas as dificuldades e tudo que tiver de errado na administração, sempre terá minha opinião contrária.
Desejo e contribuo para que a luta pela educação pública de qualidade, seja uma bandeira permanente de todos e não apenas de alguns que aproveitam uma data importante para fins políticos e fico feliz de ver manifestações populares por direitos acontecem em Barreiras sem a repressão policial que alguns professores do estado viveram num passado bem recente.
Viva a democracia, viva o Estado Democrático de Direitos! Viva a EDUCAÇÃO PÚBLICA E OS EDUCADORES!
Kelly Magalhães
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Um ano de gestão e a perspectiva da revolução-parte II
Feita análise do que foi a dificuldade de governar de quem teve 8 anos e hoje se acha no direito de dar palpites e ficar criticando, quero aqui, não irresponsavelmente fazer a defesa da administração e sim, levantar fatos para que se possa separar a politicagem do momento político que todas as administrações tem passado no Brasil e que na Bahia especificamente, o presidente da UPB, tem alertado todos os meses para as dificuldades geradas por conta da crise e o aperto que os prefeitos tem passado inclusive, com relação a manter a folha de pagamento em dia.
A prefeita Jusmari tem apenas um defeito em relação a gestão pública: é sensível demais a todas as questões que lhe são colocadas e tem ajudado muitas pessoas em momentos de dificuldades e tem feito o que os Barreirenses não estavam acostumados a ver, que é a demanda das comunidades atendidas em relação as manifestações populares. E é óbvio que isso gera gastos.
Em relação a folha de pagamento, fiz questão de ir fiscalizar junto ao departamento pessoal para verificar a distorção e a exata dificuldade do município e vou detalhar por partes:
1- Em janeiro de 2009 ao assumir, a prefeita recebeu de presente do ex-gestor a quantidade de 1.140 novos servidores na folha de janeiro;
2- cumpriu com a palavra empenhada na campanha e recebeu todos os concursados de 2004 perseguidos por Saulo Pedrosa;
3- tem recebido vários servidores ainda de 2004 que tem entrado com liminar na justiça;
4- chamou todos os concursados para a guarda municipal e de outras categorias para melhorar o serviço público;
5- deu isonomia salarial a 609 servidores, cujo proventos em muitos casos dobraram como os da área administrativa que igualou os auxilares aos assistentes;
6- na gestão passada, quem ocupava o cargo de diretor escolar, recebia o salário acrescido de uma gratificação de função no valor de 30%. hoje, os diretores recebem o valor correspondente a 40 horas mais o valor referente ao cargo;
7- em apenas um ano de governo deu 10% de reajuste aos servidores;
8- deu 20,2% de aumento aos professores, enquanto o FUNDEB determinava o repasse de 19%, portanto os professores tiveram aumento real em mais de 1%;
9- enquanto o ex-prefeito tinha a estrutura de apoio pela COTRABA que não pagava direitos legais aos trabalhadores, a atual gestão contratou empresa prestadora de serviços garantindo todos os direitos que a CLT determina, onerando em mais de 30% o valor contratada em relação à COTRABA;
10- por fim, tem mantido uma boa relação de diálogo com as entidades sindicais e liberado servidores para as mesmas, o que prejudica especialmente a educação que para cada professor liberado com 40 horas para o sindicato, tem que contratar dois para manter o bom funcionamento da educação. Detalhe: a lei determina a liberação de apenas 2 funcionários e a prefeita em sua imensa bondade, tem liberado todos que as entidades tem solicitado.
Essas considerações, se referem apenas à estrutura administrativa que onerou a máquina pública e muitos não querem enxergar. Mesmo com toda dificuldade várias escolas foram reformadas completamente como é o caso do Eurides Santana que deu outra cara à escola.
Com toda as críticas sofridas, a cidade recebeu uma nova cara, mais florida, mais alegre. E com certeza, concordo plenamente, que é necessário recuperar a iluminação pública, continuar a operação tapa buracos, pagar em dia os fornecedores que precisam também honrar os seus compromissos e manter uma política de diálogo com setores da sociedade para ouvir as demandas e reivindicações e construir uma gestão verdadeiramente democrática e isso tenho cobrado e vou cobrar sempre. Minha gestão como presidente nunca será de terra arrasada, vivemos isso nos dois últimos anos da gestão do ex-prefeito, em que até ato pelo FORA SAULO tentaram fazer, além do boicote sistemático que Câmara na presidência de Luiz Holanda, impôs ao prefeito, votando contra projetos importantes para Barreiras e quem pagou foi o povo, que perdeu a oportunidade de ter uma estrutura de fazer asfalto de primeira qualidade e máquinas novas financiado pelo PROVIAS que beneficiou vários municípios no Brasil.
Quero só lembrar, que hoje o ex-prefeito pode se aliar com quem o destruiu com o mero objetivo de tentar acabar com a prefeita, e enquanto políticos agem assim, a população vai pagando o pato e ficando cada mais descrente na política e nos políticos, por não entenderem como pode hoje, com apenas um ano de gestão quererem promover movimentos insensatos, aqueles que passaram décadas no poder e também foram rechaçados pelo povo. O mundo dá voltas e sempre encontramos uns aos outros em uma ou outra cirscuntância. Esse é o verdadeiro valor da democracia.
Kelly Magalhães
vereadora PCdoB
A prefeita Jusmari tem apenas um defeito em relação a gestão pública: é sensível demais a todas as questões que lhe são colocadas e tem ajudado muitas pessoas em momentos de dificuldades e tem feito o que os Barreirenses não estavam acostumados a ver, que é a demanda das comunidades atendidas em relação as manifestações populares. E é óbvio que isso gera gastos.
Em relação a folha de pagamento, fiz questão de ir fiscalizar junto ao departamento pessoal para verificar a distorção e a exata dificuldade do município e vou detalhar por partes:
1- Em janeiro de 2009 ao assumir, a prefeita recebeu de presente do ex-gestor a quantidade de 1.140 novos servidores na folha de janeiro;
2- cumpriu com a palavra empenhada na campanha e recebeu todos os concursados de 2004 perseguidos por Saulo Pedrosa;
3- tem recebido vários servidores ainda de 2004 que tem entrado com liminar na justiça;
4- chamou todos os concursados para a guarda municipal e de outras categorias para melhorar o serviço público;
5- deu isonomia salarial a 609 servidores, cujo proventos em muitos casos dobraram como os da área administrativa que igualou os auxilares aos assistentes;
6- na gestão passada, quem ocupava o cargo de diretor escolar, recebia o salário acrescido de uma gratificação de função no valor de 30%. hoje, os diretores recebem o valor correspondente a 40 horas mais o valor referente ao cargo;
7- em apenas um ano de governo deu 10% de reajuste aos servidores;
8- deu 20,2% de aumento aos professores, enquanto o FUNDEB determinava o repasse de 19%, portanto os professores tiveram aumento real em mais de 1%;
9- enquanto o ex-prefeito tinha a estrutura de apoio pela COTRABA que não pagava direitos legais aos trabalhadores, a atual gestão contratou empresa prestadora de serviços garantindo todos os direitos que a CLT determina, onerando em mais de 30% o valor contratada em relação à COTRABA;
10- por fim, tem mantido uma boa relação de diálogo com as entidades sindicais e liberado servidores para as mesmas, o que prejudica especialmente a educação que para cada professor liberado com 40 horas para o sindicato, tem que contratar dois para manter o bom funcionamento da educação. Detalhe: a lei determina a liberação de apenas 2 funcionários e a prefeita em sua imensa bondade, tem liberado todos que as entidades tem solicitado.
Essas considerações, se referem apenas à estrutura administrativa que onerou a máquina pública e muitos não querem enxergar. Mesmo com toda dificuldade várias escolas foram reformadas completamente como é o caso do Eurides Santana que deu outra cara à escola.
Com toda as críticas sofridas, a cidade recebeu uma nova cara, mais florida, mais alegre. E com certeza, concordo plenamente, que é necessário recuperar a iluminação pública, continuar a operação tapa buracos, pagar em dia os fornecedores que precisam também honrar os seus compromissos e manter uma política de diálogo com setores da sociedade para ouvir as demandas e reivindicações e construir uma gestão verdadeiramente democrática e isso tenho cobrado e vou cobrar sempre. Minha gestão como presidente nunca será de terra arrasada, vivemos isso nos dois últimos anos da gestão do ex-prefeito, em que até ato pelo FORA SAULO tentaram fazer, além do boicote sistemático que Câmara na presidência de Luiz Holanda, impôs ao prefeito, votando contra projetos importantes para Barreiras e quem pagou foi o povo, que perdeu a oportunidade de ter uma estrutura de fazer asfalto de primeira qualidade e máquinas novas financiado pelo PROVIAS que beneficiou vários municípios no Brasil.
Quero só lembrar, que hoje o ex-prefeito pode se aliar com quem o destruiu com o mero objetivo de tentar acabar com a prefeita, e enquanto políticos agem assim, a população vai pagando o pato e ficando cada mais descrente na política e nos políticos, por não entenderem como pode hoje, com apenas um ano de gestão quererem promover movimentos insensatos, aqueles que passaram décadas no poder e também foram rechaçados pelo povo. O mundo dá voltas e sempre encontramos uns aos outros em uma ou outra cirscuntância. Esse é o verdadeiro valor da democracia.
Kelly Magalhães
vereadora PCdoB
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Um ano de gestão e a perspectiva da revolução - Parte I
Passado um ano da eleição em que elegeu a primeira prefeita de Barreiras, Jusmari Oliveira, a cidade é tomada de um sentimento de expectativas frustradas e crescente revolta, principalmente por conta da onda de denuncismo muitas vezes levianas sem levar em conta fatos reais.
Participei do mandato do ex-prefeito Saulo Pedrosa em 1993 até o fatídico carnaval de 1996 em que todos os Partidos de esquerda romperam por conta da imposição do então candidato Antônio Henrique pelo prefeito. Nos dois primeiros anos daquela gestão havia um sentimento igual ao que vive hoje a cidade: frustração. Sentimento amainado quando o então prefeito na luta contra a política de retaliação de ACM contra Barreiras, conseguiu rever parte do ICMS que nos era roubado, fazendo com Barreiras nos dois últimos anos de governo tivesse uma revolução e várias obras se iniciaram, culminando com a eleição do sucessor numa diferença muito pequena de votos para o adversário da época que era Paulo Braga. Basta lembrar que o ex-prefeito tinha aprovação recorde de governo, conquistada apenas no final da gestão depois de muita frustração com aquilo que se iniciava em Barreiras que era a mudança de paradigmas depois de 30 anos de controle político por um grupo.
Em 2005 ao retomar o poder com o apoio dos Partidos de esquerda como sempre foi em sua vida política, o mesmo ex-prefeito Saulo Pedrosa iniciou o seu mandato com a mais dura guerra contra quem pagou o preço mais caro de uma disputa política: os concursados deixados de presente por seu cunhado Antônio Henrique.
Durante os quatro anos de seu mandato, Saulo tomou as medidas mais impopulares que um governante pudesse tomar e passou extremas dificuldades no inicio sempre culpando a herança maldita de seu cunhado antecessor. Contratações em excesso, dívidas no comércio, demissões em massa para ajustar a máquina, denúncias de corrupção que foram parar no cenário nacional como o vídeo do filho de sua amante cobrando propina dos prestadores de serviços que tinham pagamentos em atraso, briga comprada com a Câmara de Vereadores que rejeitou diversos projetos importantes para Barreiras como o PROVIAS e as dificuldades de governar sem margem orçamentária, tendo inclusive as contas rejeitadas pelo TCM, fora a crise moral e de valores que motivaram vários panfletos apócrifos com as piores baixarias, boatos envolvendo sua filha na secretaria de saúde que enfrentou uma CPI com acusações de desvio de verbas do SUS para compra de medicamentos, que virou posteriormente denúncia no Ministério Público Federal, denúncias no Ministério Público de merenda comprada com licitação fraudulenta, a briga mesquinha com o governo estadual por causa da EMBASA, sem falar no período "maravilhoso" que foi a SANAB deixando povo carregar água na cabeça por incapacidade de gerenciar um sistema tomada a força por mero capricho pessoal e por fim, o abandono do povo que além de não ter condições dignas para se viver em Barreiras, ainda tinha perdido a auto estima de ser barreirense tamanha a violência que foi o governo de Saulo Pedrosa e a resposta veio com a sua candidata amargando o quarto lugar nas eleições e depois o abandonando para ir para o extremo oposto da política tucana: o Partido dos Trabalhadores.
Faço um passeio pela cena política do governo anterior, para mostrar como é fácil e rápido esquecer o passado e como os permitimos ter o que sempre se chama na política que é a memória curta. Saulo Pedrosa, o mesmo que nunca deu valor a quem lhe tinha respeito, enxotou a vice – prefeita Nilza Lima, impediu que o então secretário de infra-estrutura indicado pelo PT pudesse desenvolver o seu trabalho e tirou a autonomia da secretaria de administrar as máquinas responsáveis pela recuperação dos buracos e da manutenção da cidade; tudo isso para sufocar quem lhe apoiava e concentrar o poder a quem ele confiava, hoje posa de bom moço e Zorro Mascarado porque, esse ninguém conhece, com a pseudo alegação de que é preciso unir quem ele destruiu para querer agora atacar a prefeita Jusmari e seu governo que de fato não pode ser comparado com quem teve 16 anos no poder revezando na família e dizer que é candidato por que o povo clama. Parece piada de mau gosto e seria cômico se não fosse trágico. A democracia e a Lei permitem que um mandatário fique se depender da vontade povo, 8 anos no poder; Saulo só quis 4 e não mediu esforços para que os quatro anos passassem rápido, tal era sua ojeriza pelo governo e os inúmeros problemas que uma prefeitura tem; Saulo não perdeu a eleição, ele simplesmente entregou na medida em que nada fez para recuperar os aliados e trabalhar em equipe e coalizão em respeito às forças que o elegeram. Hoje é muito fácil criticar, dizer que é candidato pq o povo clama e que de bom só "eu mais ninguém, por isso eu tenho que voltar de qualquer jeito", fazendo até o que fizeram com ele que sentiu na própria pele o quanto é difícil se governar com perseguição.
Participei do mandato do ex-prefeito Saulo Pedrosa em 1993 até o fatídico carnaval de 1996 em que todos os Partidos de esquerda romperam por conta da imposição do então candidato Antônio Henrique pelo prefeito. Nos dois primeiros anos daquela gestão havia um sentimento igual ao que vive hoje a cidade: frustração. Sentimento amainado quando o então prefeito na luta contra a política de retaliação de ACM contra Barreiras, conseguiu rever parte do ICMS que nos era roubado, fazendo com Barreiras nos dois últimos anos de governo tivesse uma revolução e várias obras se iniciaram, culminando com a eleição do sucessor numa diferença muito pequena de votos para o adversário da época que era Paulo Braga. Basta lembrar que o ex-prefeito tinha aprovação recorde de governo, conquistada apenas no final da gestão depois de muita frustração com aquilo que se iniciava em Barreiras que era a mudança de paradigmas depois de 30 anos de controle político por um grupo.
Em 2005 ao retomar o poder com o apoio dos Partidos de esquerda como sempre foi em sua vida política, o mesmo ex-prefeito Saulo Pedrosa iniciou o seu mandato com a mais dura guerra contra quem pagou o preço mais caro de uma disputa política: os concursados deixados de presente por seu cunhado Antônio Henrique.
Durante os quatro anos de seu mandato, Saulo tomou as medidas mais impopulares que um governante pudesse tomar e passou extremas dificuldades no inicio sempre culpando a herança maldita de seu cunhado antecessor. Contratações em excesso, dívidas no comércio, demissões em massa para ajustar a máquina, denúncias de corrupção que foram parar no cenário nacional como o vídeo do filho de sua amante cobrando propina dos prestadores de serviços que tinham pagamentos em atraso, briga comprada com a Câmara de Vereadores que rejeitou diversos projetos importantes para Barreiras como o PROVIAS e as dificuldades de governar sem margem orçamentária, tendo inclusive as contas rejeitadas pelo TCM, fora a crise moral e de valores que motivaram vários panfletos apócrifos com as piores baixarias, boatos envolvendo sua filha na secretaria de saúde que enfrentou uma CPI com acusações de desvio de verbas do SUS para compra de medicamentos, que virou posteriormente denúncia no Ministério Público Federal, denúncias no Ministério Público de merenda comprada com licitação fraudulenta, a briga mesquinha com o governo estadual por causa da EMBASA, sem falar no período "maravilhoso" que foi a SANAB deixando povo carregar água na cabeça por incapacidade de gerenciar um sistema tomada a força por mero capricho pessoal e por fim, o abandono do povo que além de não ter condições dignas para se viver em Barreiras, ainda tinha perdido a auto estima de ser barreirense tamanha a violência que foi o governo de Saulo Pedrosa e a resposta veio com a sua candidata amargando o quarto lugar nas eleições e depois o abandonando para ir para o extremo oposto da política tucana: o Partido dos Trabalhadores.
Faço um passeio pela cena política do governo anterior, para mostrar como é fácil e rápido esquecer o passado e como os permitimos ter o que sempre se chama na política que é a memória curta. Saulo Pedrosa, o mesmo que nunca deu valor a quem lhe tinha respeito, enxotou a vice – prefeita Nilza Lima, impediu que o então secretário de infra-estrutura indicado pelo PT pudesse desenvolver o seu trabalho e tirou a autonomia da secretaria de administrar as máquinas responsáveis pela recuperação dos buracos e da manutenção da cidade; tudo isso para sufocar quem lhe apoiava e concentrar o poder a quem ele confiava, hoje posa de bom moço e Zorro Mascarado porque, esse ninguém conhece, com a pseudo alegação de que é preciso unir quem ele destruiu para querer agora atacar a prefeita Jusmari e seu governo que de fato não pode ser comparado com quem teve 16 anos no poder revezando na família e dizer que é candidato por que o povo clama. Parece piada de mau gosto e seria cômico se não fosse trágico. A democracia e a Lei permitem que um mandatário fique se depender da vontade povo, 8 anos no poder; Saulo só quis 4 e não mediu esforços para que os quatro anos passassem rápido, tal era sua ojeriza pelo governo e os inúmeros problemas que uma prefeitura tem; Saulo não perdeu a eleição, ele simplesmente entregou na medida em que nada fez para recuperar os aliados e trabalhar em equipe e coalizão em respeito às forças que o elegeram. Hoje é muito fácil criticar, dizer que é candidato pq o povo clama e que de bom só "eu mais ninguém, por isso eu tenho que voltar de qualquer jeito", fazendo até o que fizeram com ele que sentiu na própria pele o quanto é difícil se governar com perseguição.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
O beijo de Judas
Por ocasião das comemorações dos 10 anos de emancipação política de Luís Eduardo Magalhães, foi bastante noticiado a recolocação do busto em homenagem ao finado deputado que dá nome ao município, especialmente o beijo de ACM NETO grampinho no prefeito como gratidão pela restauração do busto. De fato, a política tem seus revezes, é dinâmica e sem igual em determinados momentos.
Presentes no evento, todo o clã do finado carlismo que tenta se reerguer através da figura arrogante de Paulo Souto que nunca deu ousadia ao oeste, e para surpresa geral: O ex-prefeito Saulo Pedrosa até bem pouco tempo a mais proeminente figura do anti-carlismo na Bahia e figura destacada na luta contra a emancipação do município inclusive chegando a ir aos STF questionar a legalidade da criação do mesmo. Estava lá batendo palmas e beijando o busto de bronze e a cabecinha do NETO.
A criação do município de LEM com todas as suas contradições, deu uma nova cara ao oeste da Bahia, revelou a pujança econômica do agronegócio e abriu novas fronteiras de desenvolvimento atraindo pessoas de diversas regiões do país e também do exterior.
O beijo dado por ACM NETO em Humberto Santa Cruz, se revela na verdade como um ato de extrema ingratidão a quem de fato, colocou sua cabeça a prêmio, criando em condições conflitantes naquele momento um município e dando o nome de alguém que pode ter sido um parlamentar altivo no Congresso, mas que para o oeste não fez nada e recebeu a homenagem apen,as pelas circunstâncias trágicas e precoce de sua morte: Jusmari Oliveira. ACM NETO e todo o seu clã deveriam beijar para sempre os pés da ex-deputada como reconhecimento verdadeiro do seu gesto. Na Bahia da era carlista,tudo recebeu o nome de Luís Eduardo Magalhães principalmente o Aeroporto 2 de Julho, cuja mudança de nome até hoje é questionada, numa tentativa de eternizar um homem sem grandes feitos e sem dúvidas, apenas o município do longínquo oeste propesperou e diga-se de passagem, não por conta dos investimentos que Paulo Souto tenha feito como governador ou senador, mas, pela determinação de um povo que construiu a ferro e fogo uma nova realidade naquela cidade. São agora, investimentos do governo Lula, em infraestrutura, saneamento básico e de Wagner que investiu até o momento mais de R$ 15 milhões de reais num aeroporto que merece ser questionado pela sua localização e os interesses em questão, que Luís Eduardo Magalhães recebem como demonstração da sua importância no cenário econômico da Bahia e do Brasil.
Foi preciso coragem e ousadia da então deputada, para que o finado deputado tivesse hoje a homenagem que tem. E é preciso que deputados do oeste tenham a mesma bravura para reconhecer que distritos e povoados como o de ROSÁRIO em Correntina e o de RODA VELHA em São Desidério, tenha o mesmo merecido destino: serem emancipados para o bem do povo que vive nessas localidades. E só os destemidos e realmente sintonizados com os problemas da região, podem levar essa bandeira adiante.
Fortalecer o municipalismo, é fortalecer um Estado forte e respeitar a vontade do povo!
Ps: fui contra a emancipação de Mimoso do Oeste, e o tempo provou que era um justo direito daquele povo e fui e sou contra até hoje ter retirado nome de Mimoso. Se dependesse de mim, faria uma campanha em respeito a história e voltaria o nome original. Mas a vida ensina que devemos olhar e caminhar para frente, para o futuro.
Kelly Magalhães
vereadora
Presentes no evento, todo o clã do finado carlismo que tenta se reerguer através da figura arrogante de Paulo Souto que nunca deu ousadia ao oeste, e para surpresa geral: O ex-prefeito Saulo Pedrosa até bem pouco tempo a mais proeminente figura do anti-carlismo na Bahia e figura destacada na luta contra a emancipação do município inclusive chegando a ir aos STF questionar a legalidade da criação do mesmo. Estava lá batendo palmas e beijando o busto de bronze e a cabecinha do NETO.
A criação do município de LEM com todas as suas contradições, deu uma nova cara ao oeste da Bahia, revelou a pujança econômica do agronegócio e abriu novas fronteiras de desenvolvimento atraindo pessoas de diversas regiões do país e também do exterior.
O beijo dado por ACM NETO em Humberto Santa Cruz, se revela na verdade como um ato de extrema ingratidão a quem de fato, colocou sua cabeça a prêmio, criando em condições conflitantes naquele momento um município e dando o nome de alguém que pode ter sido um parlamentar altivo no Congresso, mas que para o oeste não fez nada e recebeu a homenagem apen,as pelas circunstâncias trágicas e precoce de sua morte: Jusmari Oliveira. ACM NETO e todo o seu clã deveriam beijar para sempre os pés da ex-deputada como reconhecimento verdadeiro do seu gesto. Na Bahia da era carlista,tudo recebeu o nome de Luís Eduardo Magalhães principalmente o Aeroporto 2 de Julho, cuja mudança de nome até hoje é questionada, numa tentativa de eternizar um homem sem grandes feitos e sem dúvidas, apenas o município do longínquo oeste propesperou e diga-se de passagem, não por conta dos investimentos que Paulo Souto tenha feito como governador ou senador, mas, pela determinação de um povo que construiu a ferro e fogo uma nova realidade naquela cidade. São agora, investimentos do governo Lula, em infraestrutura, saneamento básico e de Wagner que investiu até o momento mais de R$ 15 milhões de reais num aeroporto que merece ser questionado pela sua localização e os interesses em questão, que Luís Eduardo Magalhães recebem como demonstração da sua importância no cenário econômico da Bahia e do Brasil.
Foi preciso coragem e ousadia da então deputada, para que o finado deputado tivesse hoje a homenagem que tem. E é preciso que deputados do oeste tenham a mesma bravura para reconhecer que distritos e povoados como o de ROSÁRIO em Correntina e o de RODA VELHA em São Desidério, tenha o mesmo merecido destino: serem emancipados para o bem do povo que vive nessas localidades. E só os destemidos e realmente sintonizados com os problemas da região, podem levar essa bandeira adiante.
Fortalecer o municipalismo, é fortalecer um Estado forte e respeitar a vontade do povo!
Ps: fui contra a emancipação de Mimoso do Oeste, e o tempo provou que era um justo direito daquele povo e fui e sou contra até hoje ter retirado nome de Mimoso. Se dependesse de mim, faria uma campanha em respeito a história e voltaria o nome original. Mas a vida ensina que devemos olhar e caminhar para frente, para o futuro.
Kelly Magalhães
vereadora
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