sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Fortes: como a Casa Grande convencerá a Senzala a votar em Serra

O conteúdo abaixo caiu na minha caixa de spam, hoje de manhã, enviado por um certo Rodrigo Roni, certamente um dos muitos brucutus de internet a serviço da campanha de José Serra. Normalmente, apago da minha caixa de mensagem de e-mails correntes de quaisquer naturezas, pela óbvia razão de serem escritas e disseminadas por fanáticos religiosos, militantes políticos extremistas e idiotas em geral.


Por Leandro Fortes, no blog Brasília, eu Vi

Esta, contudo, embora não fuja à regra, é bastante emblemática sobre o desespero de certa porção da classe média em relação à perspectiva da vitória de Dilma Rousseff e da continuidade dos programas sociais do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Trata-se de um panfleto antipetista por excelência, recheado de preconceitos e ofensas amarguradas, um último apelo à insensatez em nome da preservação dos piores e mais mesquinhos valores dessa parcela da sociedade brasileira que caminha, felizmente, para a extinção.


Para garantir votos ao tucano José Serra, a corrente estabelece uma fórmula baseada, explicitamente, nas relações da Casa Grande com a Senzala. Ensina ao patrão e à dona-de-casa de classe média como convencer empregadas domésticas, porteiros, motoristas, ascensoristas e empregados em geral do perigo que representará a eleição de Dilma.


Reparem que as recomendações são para os empregados de dentistas, advogados, clientes, nunca para os dentistas, advogados e clientes, desde já colocados como pessoas de primeira categoria, portanto, imunes ao discurso patético de persuasão apregoado pelo panfleto. Há, ainda, o risível apelo a ser feito “ao atendente da sauna, da academia, da escola de natação, da escola de inglês das crianças”.


Enfim, um texto altamente representativo do tipo de elite que temos no país, suas razões, seus preconceitos, seus medos e seu instinto de preservação baseado em conceitos primários. Uma elite que acha que pode convencer seus serviçais, a quem trata como escravos, a não votar na continuidade de um projeto político que lhes garantiu, pela primeira vez na vida, emprego formal, crédito, qualidade de vida, autoestima e representação política real.


No auge do desespero, o autor do texto deixa transparecer seu caráter doentio ao se referir a Dilma como “perereca assassina e terrorista”. É essa gente que se coloca como alternativa a um governo popular que tirou o Brasil do buraco.


Vale a pena ler, portanto, esse tratado da demência de auto denominados “formadores de opinião”:


Como Ganhar Votos para o Serra

Meus amigos,


Tenho recebido da maioria de vocês, quase que diariamente, emails de indignação contra PT e Dilma.Ficar falando entre nós não leva a nada. E o que a gente precisa fazer é ir atrás dos indecisos, dos que possam até gostar do Lula mas não necessariamente da Dilma, quem sabe ainda dá pra virar essa eleição. Mas eu pergunto – o que realmente estamos fazendo para que o José Serra ganhe esta eleição??? Por que não adianta nós, os denominados “formadores de opinião” ficarmos trocando emails de coisas que já sabemos. Assim, convoco a todos para um pacto que é:CONVERSAR COM, NO MÍNIMO, DUAS PESSOAS POR DIA SOBRE A ELEIÇÃO PRESIDENCIAL E CONVENCER ESTA PESSOA A VOTAR NO SERRAQuem são as pessoas que temos que conversar e convencer:


• a sua assistente doméstica / sua diarista

• seus funcionários

• o guarda da escola das crianças, a tia da escola, a tia da cantina

• o porteiro da sua casa e do seu trabalho

• o manobrista do seu carro, para quem usa estacionamento

• o ascensorista do prédio do seu dentista, do seu advogado, do seu cliente

• o frentista do posto de gasolina

• a caixa do supermercado, da farmácia, do sacolão, …..

• a recepcionista da empresa do seu cliente

• a vendedora da loja de sapato, de roupa, ….

• o garçon do restaurante e do boteco

• o cabeleireiro, a manicure, a fisioterapeuta, a massagista,

• o atendente da sauna, da academia, da escola de natação, da escola de inglês das crianças, etc

Vejam que todos os dias, encontramos no mínimo 10 pessoas diferentes na nossa vida. Daqui até o dia 31 de outubro são somente 12 dias de trabalho, em prol da mudança de grupo político para governar nosso país.


Não queremos ver o PT mais 8 anos no governo se locupletando e explorando a boa fé dos incautos e/ou ignorantes.

Em vez de falar do tempo, vamos falar da eleição. Quando encontrar alguém no elevador, pergunte em quem ele vai votar. E se essa pessoa disser que vai votar no Serra, instigue ele a entrar nessa campanha.

Não envie apenas, emails falando do passado da Dilma, que o Lula não estudou, que o governo do PT sabia do mensalão, (isso nós já sabemos).


Vamos à luta!!!


Esse é o momento, FAÇA A SUA PARTE!!! Ninguém vai saber se você fez a sua parte, somente você e Deus.

A hora de trabalhar é agora !!


Esta é uma corrente… do BEM.


Funciona assim:

Se você passar este e-mail para pelo menos 10 outras pessoas e estas passarem para outras 10, e assim por diante, ao final de outubro um milagre irá acontecer e beneficiará você e sua família e a todas as famílias que repassaram esta corrente. Já, se você simplesmente ignorar esta corrente, não a repassando, ao final de outubro você será amaldiçoado com o pior de todos os pesadelos: aturar a perereca assassina e terrorista por quatro longos anos de sua vida!!!! Pense bem !!

Não se esqueça!

Foi a Internet que ganhou o plebiscito do desarmamento.

Portanto, podemos vencer essa eleição também, se nos concentrarmos em um candidato melhor que o Lula. Com ela: PODE FICAR MUITO PIOR.


quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Hora de vigilância e mobilização total por Dilma

A campanha eleitoral entra, nesta segunda-feira, na reta final. Nunca houve uma campanha tão sórdida quanto a preconizada pela direita e pelo neoliberal José Serra que – sem discurso e não podendo confessar seu programa privatizante, anti-estatista e antissocial – basearam sua propaganda em ataques e mentiras, no falso moralismo e na exploração do sentimento religioso dos brasileiros.

Tudo isso com muito dinheiro, muitos recursos e total apoio dos setores mais retrógrados da elite brasileira. Entre eles a medievalista Tradição, Família e Propriedade (TFP), que defende abertamente o retorno de formas de viver onde poucos mandam e o povo obedece cegamente. Como na Idade Média, quando os barões mandavam e o povo ficava à mercê de seus caprichos e arbítrios.


Ou velhos terroristas da extrema direita que atuaram na repressão da ditadura militar e se envolveram em atentados a bomba nos anos 80 contra os democratas que lutavam contra o regime dos generais. Estes são os aliados de José Serra, do PSDB e do DEM que, hoje, são a expressão mais visível dessa direita retrógrada e antipopular.

Para espalhar boatos anti-Dilma, montaram um caríssimo aparato de telemarketing que pode atingir 14 milhões de eleitores para difundir calúnias e preconceitos; em Minas Gerais este esquema vai levar a voz do senador eleito Aécio Neves a cinco milhões de eleitores pedindo votos para José Serra.

A baixaria que marcou a campanha desde os últimos dias do primeiro turno revela a falta de escrúpulos e o escárnio contra o eleitor que move a campanha tucana, baseada em calúnias e falsificações.

O eleitorfez uma experiência rica desde a primeira eleição presidencial dos tempos modernos, em 1989, e já não se deixa enganar. Com Fernando Collor e, depois, Fernando Henrique Cardoso, foi enganado e escolheu os partidários do atraso, do retrocesso e da humilhação nacional – escolheu o Brasil que dá errado, como corretamente diz o presidente Lula.

Desde 2002, contudo, experimentou o acerto – o Brasil que dá certo, completando a frase do chefe da nação – e viveu os benefícios da escolha correta. O Brasil voltou a crescer, livrou-se da tutela do FMI e do grande capital financeiro internacional, passou a falar de igual para igual com todos os países, dos truculentos como os EUA aos pacíficos, como a Bolívia; melhorou a situação do povo e abriu perspectivas novas de uma vida digna e da qual, hoje, os brasileiros se orgulham. Trocou o “complexo de vira-latas” dos tempos de FHC pelo orgulho nacional que hoje envolve a todos.


Mas não basta não se deixar enganar: é preciso dizer isso para todos, e convencer os iludidos da gravidade de fazerem escolhas insensatas e contra os interesses do Brasil, do povo e da economia que reencontrou o caminho do crescimento.


Contra a força do dinheiro dos poderosos que cercam José Serra – aliado da direita e candidato preferido da grande finança internacional e do imperialismo – o povo tem a força maior da mobilização, da defesa nas ruas e praças da candidatura da continuidade e do avanço das mudanças, representada por Dilma Rousseff.


Estes dias que precedem a batalha final do dia 31 – e nunca a palavra batalha foi tão bem empregada como no embate eleitoral deste ano – serão tempos de vigilância contra mentiras e baixarias. Um tempo de mobilização total, democrática e avançada; da afirmação da luta do povo contra os atentados da extrema direita e contra a volta ao passado de desemprego e empobrecimento. Da proteção do Brasil contra governos que se ajoelham diante de imposições estrangeiras. Tempo de escolha da verdade contra a mentira. Dias de defesa do voto em Dilma Rousseff para confirmar, mais uma vez a derrota que o povo já impôs aos neoliberais em 2002 e 2006.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Semana ruim para Serra termina com chacota na internet

A campanha tucana amargou uma semana difícil. Uma sequência de fatos negativos culminou com a inesperada ridicularização do candidato, após o controvertido episódio da “agressão” a Serra, no Rio.

Já no sábado, um jornal de grande circulação publicou o que até então só circulava entre comunidades de relacionamento na internet: a notícia de que Mônica Serra havia feito um aborto. A própria mulher do candidato já estava longe, no Chile, estrategicamente afastada da campanha. Os tucanos não só haviam acabado de perder o trunfo contra a adversária Dilma Rousseff, como viam o bumerangue da polêmica que estimularam se voltar ameaçadoramente para a cabeça de Serra.

Era só o começo. Logo na madrugada de terça-feira (19), a pesquisa Vox Populi indicou 14 pontos de vantagem para Dilma Rousseff. Mas, afinal, era só um instituto suspeito – trataram de realçar alguns tucanos. Sérgio Guerra, presidente do PSDB, chegou a protestar contra o resultado.

Na mesma terça, Serra enfrentou a mais dura entrevista feita ao vivo, em rede nacional, até aqui. Durante 11 minutos, os apresentadores do Jornal Nacional, da TV Globo, praticamente só lhe fizeram perguntas espinhosas. O candidato suou para explicar porque primeiro negou conhecer Paulo Preto e depois saiu em defesa do assessor suspeito de desvio de dinheiro de campanha.

Na quarta-feira (20), o Ibope praticamente confirmou os números do criticado Vox Populi. A sondagem indica que Dilma voltou a crescer, após a entrada forte de Lula na campanha, e que Serra caiu.

No mesmo dia, o tucano participou de um corpo a corpo com eleitores no Rio que terminou em confronto entre petistas e tucanos. Serra foi atingido na cabeça e levado a um hospital. A campanha utiliza as cenas na propaganda eleitoral e o candidato acusa Lula de estimular a violência. À noite, Record e SBT mostraram em seus telejornais que o candidato fora atingido aparentemente por uma bolinha de papel, e sequer esboçara reação.

Embora testemunhas afirmem que mais tarde Serra foi também alvo de um rolo de etiquetas lançado a uma distância de dez metros, a imagem que correu a internet foi a da bolinha de papel quicando inofensiva a calva cabeça do candidato.

Ao longo de toda a quinta-feira (21), a cena foi distribuída para milhares de pessoas via internet, virou motivo de piadas, charges e até de um jogo eletrônico que oferece ao internauta a possibilidade de alvejar Serra com uma bolinha de papel, da qual o candidato se esquiva, abaixando-se por detrás da bancada do Jornal Nacional.

Serra terminou comparado por Lula ao goleiro Roberto Rojas, do Chile - que simulou ser atingido por um rojão no Maracanã - e defendido por Sérgio Guerra, este já com poucas armas para fazer frente ao prejuízo à imagem do candidato.

Vai terminando assim a penúltima semana da campanha do segundo turno para o candidato da oposição.

Salete Lemos
Colunista do Portal R7

















quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Lula compara Serra ao goleiro Rojas e diz que agressão é ‘mentira descarada’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de “farsa” e “mentira descarada” a alegação de agressão contra o candidato José Serra (PSDB) e afirmou que o presidenciável tucano deve pedir desculpas ao povo se tiver “um minuto de bom senso”. Citando notícias veiculadas pelas redes de TV Record e SBT, Lula disse que Serra protagonizou uma farsa ao dizer que foi agredido por militantes petistas no Rio de Janeiro. “A mentira que foi produzida ontem pela equipe de publicidade do candidato José Serra é uma coisa vergonhosa. Ontem deveria ser conhecido como dia da farsa, dia da mentira”, disse Lula, após inaugurar um estaleiro em Rio Grande (RS). Lula também comparou Serra ao goleiro chileno Rojas, que fingiu ter sido atingido por um foguete no Maracanã, durante as eliminatórias para a Copa do Mundo de 1990. “Primeiro bateu uma bola de papel na cabeça do candidato, ele nem deu toque para a bola, olhou para o chão e continuou andando. Vinte minutos depois esse cidadão recebe um telefonema, deve ser o diretor de produção dele que orientou que ele tinha que criar um factoide, deve ter lembrado do jogo do Chile com o Brasil”, disse Lula. (Folha)

sábado, 16 de outubro de 2010

Monica Serra contou ter feito aborto, diz ex-aluna à Folha

O discurso do candidato à Presidência José Serra (PSDB) de que é contra o aborto por "valores cristãos", que impedem a interrupção da gravidez em quaisquer circunstâncias, é questionado por ex-alunas de sua mulher, Monica Serra.


Por Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo

Num evento no Rio, há um mês, a psicóloga teria dito a um evangélico, segundo a Agência Estado, que a candidata Dilma Rousseff (PT), que já defendeu a descriminalização do aborto, é a favor de "matar criancinhas".


Segundo relato feito à Folha por ex-alunas de Monica no curso de dança da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), a então professora lhes contou em uma aula, em 1992, que fez um aborto quando estava no exílio com o marido.


Depois do golpe militar no Brasil, Serra se mudou para o Chile, onde conheceu a mulher. Em 1973, com o golpe que levou Augusto Pinochet ao poder, o casal se mudou para os Estados Unidos.


Outro lado


A Folha tentou falar com Monica Serra durante dois dias para comentar o relato das ex-alunas, sem sucesso. Um dia depois do debate da TV Bandeirantes, no domingo, 10, a bailarina Sheila Canevacci Ribeiro, 37, postou uma mensagem em seu Facebook para "deixar a minha indignação pelo posicionamento escorregadio de José Serra" em relação ao tema.


Ela escreveu que Serra não respeitava "tantas mulheres, começando pela sua própria mulher. Sim, Monica Serra já fez um aborto". A mensagem foi replicada em outras páginas do site e em blogs.


"Com todo respeito que devo a essa minha professora, gostaria de revelar publicamente que muitas de nossas aulas foram regadas a discussões sobre o seu aborto traumático", escreveu Sheila no Facebook. "Devemos prender Monica Serra caso seu marido fosse [sic] eleito presidente?"

À Folha a bailarina diz que "confirma cem por cento" tudo o que escreveu. Sheila afirma que não é filiada a partido político. Diz ter votado em Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) no primeiro turno. No segundo, estará no Líbano, onde participará de performance de arte.


Se estivesse no Brasil, optaria por Dilma Rousseff (PT). Sheila é filha da socióloga Majô Ribeiro, que foi aluna de mestrado na USP de Eva Blay, suplente de Fernando Henrique Cardoso no Senado em 1993. Majô foi pesquisadora do Núcleo de Estudos da Mulher e Relações Sociais de Gênero da USP, fundado pela primeira-dama Ruth Cardoso (1930-2008).


Militante feminista, Majô foi candidata derrotada a vereadora e a vice-prefeita em Osasco pelo PSDB. A socióloga disse à Folha estar "preocupada" com a filha, mas afirma que a criou para "ser uma mulher livre" e que ela "agiu como cidadã".

Sheila é casada com o antropólogo italiano Massimo Canevacci, que foi professor de antropologia cultural na Universidade La Sapienza, em Roma, e hoje dirige pesquisas no Brasil.


A Folha localizou uma colega de classe de Sheila pelo Facebook. Professora de dança em Brasília, ela concordou em falar sob a condição de anonimato. Contou que, nas aulas, as alunas se sentavam em círculos, criando uma situação de intimidade. Enquanto fazia gestos de dança, Monica explicava como marcas e traumas da vida alteram movimentos do corpo e se refletem na vida cotidiana.


Segundo a ex-estudante, as pessoas compartilhavam suas histórias, algo comum em uma aula de psicologia. Nesse contexto, afirmou, Monica compartilhou sua história com o grupo de alunas. Disse ter feito o aborto por causa da ditadura.


Ainda de acordo com a ex-aluna, Monica disse que o futuro dela e do marido, José Serra, era muito incerto. Quando engravidou, teria relatado Monica à então aluna, o casal se viu numa situação muito vulnerável.


"Ela não confessou. Ela contou", diz Sheila Canevacci. "Não sou uma pessoa denunciando coisas. Mas [ela é] uma pessoa pública, que fala em público que é contra o aborto, é errado. Ela tem uma responsabilidade ética."


A assessoria da psicóloga Monica Serra, mulher de José Serra, não respondeu aos questionamentos feitos pela Folha a respeito do relato de suas ex-alunas. A Folha procurou Monica Serra pela primeira vez na manhã de anteontem. Segundo sua assessoria, ela havia viajado para o Chile e não seria possível localizá-la naquele momento.


Entre quinta-feira e ontem, a reportagem telefonou seis vezes e enviou cinco e-mails para a assessoria. Recebeu uma mensagem com a seguinte afirmação: "Não há como responder".




Fonte: Folha de S.Paulo

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Religiosos lançam manifesto em apoio a Dilma Rousseff

Manifesto de religiosos que declaram apoio a Dilma Rousseff combate campanha caluniosa feita em algumas igrejas contra a candidata e defende que “defender a vida é oferecer condições de saúde, educação, moradia, terra, trabalho, lazer, cultura e dignidade para todas as pessoas, particularmente as que mais precisam”.

Utilizando uma passagem bíblica no título - "Se noa calarem até as pedras gritarão", presente no Evangelho de São Lucas, capítulo 19, versículo 40 - o manifesto começou a circular pelos e-mails e em outros espaços virtuais nesta semana.

Assianda por religiosos que defendem a democracia e têm relação histórica com os movimentos sociais, como Frei Betto, Dom Thomas Balduino - da Comissão Pastoral da Terra (CPT) -, e o bispo Dom Pedro Casaldáliga, a carta defende o projeto da candidata Dilma Rousseff e valoriza a relação da candidata com movimentos sociais e populares. Evangélicos, como o pastor Marco Aurélio Alves Vicente, da organização Evangélicos pela Justiça (EPJ) também subscrevem o texto.

Além de apoiar a candidatura de Dilma Rousseff, o manifesto apresenta críticas ao candidato José Serra e os partidos da sua coligação e deixa claro que parcela dos que subscrevem apoiaram a candidata Marina Silva no primeiro turno.

Confira a íntegra do documento:

"'Se nos calarmos, até as pedras gritarão!'


Manifesto de Cristãos e cristãs evangélicos/as e católicos/as em favor da vida e da Vida em Abundância!

Somos homens e mulheres, ministros, ministras, agentes de pastoral, teólogos/as, padres, pastores e pastoras, intelectuais e militantes sociais, membros de diferentes Igrejas cristãs, movidos/as pela fidelidade à verdade, vimos a público declarar:

1. Nestes dias, circulam pela internet, pela imprensa e dentro de algumas de nossas igrejas, manifestações de líderes cristãos que, em nome da fé, pedem ao povo que não vote em Dilma

Rousseff sob o pretexto de que ela seria favorável ao aborto, ao casamento gay e a outras medidas tidas como “contrárias à moral”. A própria candidata negou a veracidade destas afirmações e, ao contrário, se reuniu com lideranças das Igrejas em um diálogo positivo e aberto. Apesar disso, estes boatos e mentiras continuam sendo espalhados. Diante destas posturas autoritárias e mentirosas, disfarçadas sob o uso da boa moral e da fé, nos sentimos

obrigados a atualizar a palavra de Jesus, afirmando, agora, diante de todo o Brasil: “se nos calarmos, até as pedras gritarão!” (Lc 19, 40).

2. Não aceitamos que se use da fé para condenar alguma candidatura. Por isso, fazemos esta declaração como cristãos, ligando nossa fé à vida concreta, a partir de uma análise social e
política da realidade e não apenas por motivos religiosos ou doutrinais. Em nome do nosso compromisso com o povo brasileiro, declaramos publicamente o nosso voto em Dilma Rousseff e as razões que nos levam a tomar esta atitude:


3. Consideramos que, para o projeto de um Brasil justo e igualitário, a eleição de Dilma para presidente da República representará um passo maior do que a eventualidade de uma vitória

do Serra, que, segundo nossa análise, nos levaria a recuar em várias conquistas populares e efetivos ganhos sócio-culturais e econômicos que se destacam na melhoria de vida da população brasileira.


4. Consideramos que o direito à Vida seja a mais profunda e bela das manifestações das pessoas que acreditam em Deus, pois somos à sua Imagem e Semelhança. Portanto, defender a vida é oferecer condições de saúde, educação, moradia, terra, trabalho, lazer, cultura e dignidade para todas as pessoas, particularmente as que mais precisam. Por isso, um governo justo oferece sua opção preferencial às pessoas empobrecidas, injustiçadas, perseguidas e caluniadas, conforme a proclamação de Jesus na montanha (Cf. Mt 5,1- 12).

5. Acreditamos que o projeto divino para este mundo foi anunciado através das palavras e ações de Jesus Cristo. Este projeto não se esgota em nenhum regime de governo e não se reduz apenas a uma melhor organização social e política da sociedade. Entretanto, quando oramos “venha o teu reino”, cremos que ele virá, não apenas de forma espiritualista e restrito aos corações, mas, principalmente na transformação das estruturas sociais e políticas deste mundo.


6. Sabemos que as grandes transformações da sociedade se darão principalmente através das conquistas sociais, políticas e ecológicas, feitas pelo povo organizado e não apenas pelo beneplácito de um governante mais aberto/a ou mais sensível ao povo. Temos críticas a alguns aspectos e algumas políticas do governo atual que Dilma promete continuar. Motivo do voto

alternativo de muitos companheiros e companheiras. Entretanto, por experiência, constatamos: não é a mesma coisa ter no governo uma pessoa que respeite os movimentos populares e dialogue com os segmentos mais pobres da sociedade, ou ter alguém que, diante de uma

manifestação popular, mande a polícia reprimir. Neste sentido, tanto no governo federal, como nos estados, as gestões tucanas têm se caracterizado sempre pela arrogância do seu apego às políticas neoliberais e pela insensibilidade para com as grandes questões sociais do povo mais empobrecido.


7. Sabemos de pessoas que se dizem religiosas, e que cometem atrocidades contra crianças, por isso, ter um candidato religioso não é necessariamente parâmetro para se ter um governante justo, por isso, não nos interessa se tal candidato/a é religioso ou não. Como Jesus, cremos que o importante não é tanto dizer “Senhor, Senhor”, mas realizar a vontade de Deus, ou seja, o projeto divino. Esperamos que Dilma continue a feliz política externa do presidente Lula, principalmente no projeto da nossa fundamental integração com os países irmãos da América Latina e na solidariedade aos países africanos, com os quais o Brasil tem uma grande dívida moral e uma longa história em comum. A integração com os movimentos

populares emergentes em vários países do continente nos levará a caminharmos para novos e decisivos passos de justiça, igualdade social e cuidado com a natureza, em todas as suas dimensões. Entendemos que um país com sustentabilidade e desenvolvimento humano – como Marina Silva defende – só pode ser construído resgatando já a enorme dívida social com o seu povo mais empobrecido. No momento atual, Dilma Rousseff representa este projeto que, mesmo com obstáculos, foi iniciado nos oito anos de mandato do presidente Lula. É isto que

está em jogo neste segundo turno das eleições de 2010.

Com esta esperança e a decisão de lutarmos por isso, nos

subscrevemos:

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

03 de outubro foi um lindo dia

Hoje é quarta-feira, já se passaram três de uma linda vitória e só hoje consegui sentar para escrever o que senti e o que sinto ainda nesse pós eleição coroada de êxito. Agradeço a Deus e agradeço à 36 mil e 141 pessoas que depositaram a confiança, a esperança e o desejo de ver a política em Barreiras e no oeste com uma nova cara e nova dinâmica.

Sofri muito durante a campanha e antes da campanha, enfrentando a mais dura perseguição e preconceito dos que nunca aceitaram que uma pessoa sem berço de ouro, sem oligarquia familiar, sem tradição na política, ocupasse o lugar no cenário político que venho ocupando em seis anos mandato e mais 14 de ativa militância política. Fui acusada de trair quem me deu destaque na política como dizem os SITES de oposição que não nos deram trégua. Todas as publicações citavam vários deputados como prováveis eleitos no oeste. O meu nome nunca constou. Ao contrário: diziam que eu não tinha a menor chance.

Enfrentei as piores adversidades por aqueles que nunca aceitaram a vitória da prefeita Jusmari na eleições de 2008 e lhe empunharam a dura oposição, com acusações de todo tipo e açoes judiciais, dando a impressão de que Barreiras era uma cidade maravilhosa com uma excelente infraestrutura e escolas novíssimas em folha e que Jusmari destruiu tudo. Nada disso é verdade e todos nós sabemos. A verdade incontestável é de que a força política de Jusmari incomoda muita gente.

No dia 03 de Outubro, só saí da frente do computador quando recebi a notícia do advogado PCdoB em Salvador que estava no TRE e informou que o PCdoB elegeria de 03 a 04 deputados e que eu poderia comemorar pois já estava eleita. Esse foi o momento de maior emoção em que não segurei as lágrimas e um filme passou na minha mente recordando toda minha vida de dificuldades e de enfretamento. Comemorei com alegria ao lado daqueles que foram leais, sinceros e sempre acreditaram na nossa capacidade.

Agradeço imensamente a prefeita Jusmari. Tive17 mil votos nas eleições de 2006. Graças a sua força política e seu prestígio na região, fui eleita deputada com uma expressiva votação. Sei  da sua vontade em fazer de Barreiras e região, um grande pólo de desenvolvimento e geração de emprego e renda com inclusão social. E terá o meu mandato de deputada estadual para trabalhar para o município e região.  

Passada a euforia da vitória, fui ver o resultado dos demais candidato da região especialmente Barreiras, e não fiquei surpresa ao ver os votos da candidato a deputado federal Saulo Pedrosa, a quem tanto me acusam de tê-lo traído depois de "ter feito de mim vereadora e presidente da Câmara". Saulo Pedrosa teve a mesma votação que deu a sua candidata a prefeita em 2008, e que deu ao candidato a deputado federal Juthay Magalhães em 2006.  Esses são os seus votos. Nada mais do que isso.Todas as vitórias que obteve no passado, foram conseguidas com a força dos Partidos de centro-esquerda e esquerda num grande arco de alianças que por duas vezes lhe elegeu prefeito; e quando se elegeu deputado federal, foi graças a influencia de ACM em comum acordo com o então prefeito Antônio Henrique na época. Então? quem traiu ou quem foi traído? ninguém. Temos o direito de construir nosso próprio caminho. Foi isso que fiz.

Sem dúvida, a grande surpresa foi a derrota de Antônio Henrique. Não só pela perda do mandato de Antônia Pedrosa, mas, pelos minguados votos obtidos em Barreiras. Foi a resposta dos que não desejam mais a política mesquinha da perseguição, da agressão e do xingamento.

Aos amigos de uma vida e aos novos que crescem a cada dia, deixo a certeza de que meu mandato de deputada estadual, servirá aos interesses de Barreiras e do Oeste. Nossa luta incansável será para que  a rede escolar de ensino médio seja ampliada com novas escolas técnicas profissionalizantes; a UNEB seja fortalecida e deixe a condição de Campus para ser a Universidade Estadual do Oeste da Bahia, a rede de saúde seja ampliada com a construção de um hospital do porte do HO  no município de Santa Maria da Vitória para diminuir a demanda dos hospitais de Barreiras. Atuaremos em várias frentes, para que o oeste receba os investimentos necessários para consolidar nossa condição de pólo regional e futuro Estado do São Francisco. E atuaremos também, com muita força em defesa das mulheres e das políticas públicas que elevem ainda mais o papel de destaque que hoje ocupamos. Para isso já recomeçamos a luta pela eleição da 1ª presidente do Brasil: DILMA.

Minha expressiva votação, faz com que eu leve para Salvador a certeza de que estamos no caminho certo e uma vontade ainda maior de fazer a minha parte: Trabalhar incansavelmente.
obrigada de coração a todos e todos que trilharam essa jornada vitoriosa.
03 de Outubro foi um lindo dia!