A campanha eleitoral entra, nesta segunda-feira, na reta final. Nunca houve uma campanha tão sórdida quanto a preconizada pela direita e pelo neoliberal José Serra que – sem discurso e não podendo confessar seu programa privatizante, anti-estatista e antissocial – basearam sua propaganda em ataques e mentiras, no falso moralismo e na exploração do sentimento religioso dos brasileiros.
Tudo isso com muito dinheiro, muitos recursos e total apoio dos setores mais retrógrados da elite brasileira. Entre eles a medievalista Tradição, Família e Propriedade (TFP), que defende abertamente o retorno de formas de viver onde poucos mandam e o povo obedece cegamente. Como na Idade Média, quando os barões mandavam e o povo ficava à mercê de seus caprichos e arbítrios.
Ou velhos terroristas da extrema direita que atuaram na repressão da ditadura militar e se envolveram em atentados a bomba nos anos 80 contra os democratas que lutavam contra o regime dos generais. Estes são os aliados de José Serra, do PSDB e do DEM que, hoje, são a expressão mais visível dessa direita retrógrada e antipopular.
Para espalhar boatos anti-Dilma, montaram um caríssimo aparato de telemarketing que pode atingir 14 milhões de eleitores para difundir calúnias e preconceitos; em Minas Gerais este esquema vai levar a voz do senador eleito Aécio Neves a cinco milhões de eleitores pedindo votos para José Serra.
A baixaria que marcou a campanha desde os últimos dias do primeiro turno revela a falta de escrúpulos e o escárnio contra o eleitor que move a campanha tucana, baseada em calúnias e falsificações.
O eleitorfez uma experiência rica desde a primeira eleição presidencial dos tempos modernos, em 1989, e já não se deixa enganar. Com Fernando Collor e, depois, Fernando Henrique Cardoso, foi enganado e escolheu os partidários do atraso, do retrocesso e da humilhação nacional – escolheu o Brasil que dá errado, como corretamente diz o presidente Lula.
Desde 2002, contudo, experimentou o acerto – o Brasil que dá certo, completando a frase do chefe da nação – e viveu os benefícios da escolha correta. O Brasil voltou a crescer, livrou-se da tutela do FMI e do grande capital financeiro internacional, passou a falar de igual para igual com todos os países, dos truculentos como os EUA aos pacíficos, como a Bolívia; melhorou a situação do povo e abriu perspectivas novas de uma vida digna e da qual, hoje, os brasileiros se orgulham. Trocou o “complexo de vira-latas” dos tempos de FHC pelo orgulho nacional que hoje envolve a todos.
Mas não basta não se deixar enganar: é preciso dizer isso para todos, e convencer os iludidos da gravidade de fazerem escolhas insensatas e contra os interesses do Brasil, do povo e da economia que reencontrou o caminho do crescimento.
Contra a força do dinheiro dos poderosos que cercam José Serra – aliado da direita e candidato preferido da grande finança internacional e do imperialismo – o povo tem a força maior da mobilização, da defesa nas ruas e praças da candidatura da continuidade e do avanço das mudanças, representada por Dilma Rousseff.
Estes dias que precedem a batalha final do dia 31 – e nunca a palavra batalha foi tão bem empregada como no embate eleitoral deste ano – serão tempos de vigilância contra mentiras e baixarias. Um tempo de mobilização total, democrática e avançada; da afirmação da luta do povo contra os atentados da extrema direita e contra a volta ao passado de desemprego e empobrecimento. Da proteção do Brasil contra governos que se ajoelham diante de imposições estrangeiras. Tempo de escolha da verdade contra a mentira. Dias de defesa do voto em Dilma Rousseff para confirmar, mais uma vez a derrota que o povo já impôs aos neoliberais em 2002 e 2006.
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