sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Umberto Eco: O contragolpe no Grande Irmão

O caso WikiLeaks tem uma dupla leitura. Por um lado, revela-se um escândalo aparente, um escândalo que só escandaliza por causa da hipocrisia que rege as relações entre os Estados, os cidadãos e a Comunicação Social. Por outro, anuncia profundas alterações a nível internacional e prefigura um futuro dominado pela recessão.

Por Umberto Eco, no Libération

Mas vamos por partes. O primeiro aspecto revelado pelo WikiLeaks é a confirmação do fato de cada processo constituído por um serviço secreto (de qualquer nação) ser composto exclusivamente por recortes de jornal.

As “extraordinárias” revelações norte-americanas sobre os hábitos sexuais de Berlusconi apenas relatam o que há meses se anda a ler em qualquer jornal (exceto naqueles de que Berlusconi é proprietário), e o perfil sinistramente caricatural de Kadhafi era já há muito tempo matéria para piadas dos artistas de palco.

A regra segundo a qual os processos secretos não devem ser compostos senão por notícias já conhecidas é essencial à dinâmica dos serviços secretos, e não apenas neste século. Se for a uma livraria consagrada a publicações esotéricas, verá que cada obra (sobre o Graal, o mistério de Rennes-le-Château, os Templários ou os Rosa-Cruz) repete exatamente o que já tinha sido escrito nas obras precedentes. E isso não apenas porque o autor de textos ocultos não gosta de fazer investigações inéditas (nem sabe onde procurar notícias sobre o inexistente), mas porque os que se dedicam ao ocultismo só acreditam naquilo que já sabem e que confirma o que já tinham aprendido.

É o mecanismo do sucesso de Dan Brown. E vale para os arquivos secretos. O informador é preguiçoso, e preguiçoso (ou de espírito limitado) é o chefe dos serviços secretos (caso contrário, podia ser, quem sabe, editor do Libération), que não reconhece como verdade a não ser aquilo que reconhece. As informações ultrassecretas sobre Berlusconi, que a embaixada norte-americana em Roma enviava ao Departamento de Estado, eram as mesmas que a Newsweek publicava na semana anterior.

Então porquê tanto barulho em torno das revelações destes processos? Por um lado, dizem o que qualquer pessoa informada já sabe, nomeadamente que as embaixadas, pelo menos desde o final da Segunda Guerra Mundial e desde que os chefes de Estado podem telefonar uns aos outros ou tomar um avião para se encontrarem para jantar, perderam a sua função diplomática e, à exceção de alguns pequenos exercícios de representação, transformaram-se em centros de espionagem. Qualquer espectador de filmes de investigação sabe isso perfeitamente e só por hipocrisia finge ignorar.

No entanto, o fato de ser exposto publicamente viola o dever de hipocrisia e serve para estragar a imagem da diplomacia norte-americana. Em segundo lugar, a ideia de que qualquer pirata informático possa captar os segredos mais secretos do país mais poderoso do mundo desfere um golpe não negligenciável no prestígio do Departamento de Estado. Assim, o escândalo põe tanto em cheque as vítimas como os “algozes”.

Mas vejamos a natureza profunda do que aconteceu. Outrora, no tempo de Orwell, podia-se conceber todo o poder como um Big Brother, que controlava cada gesto dos seus súbditos. A profecia orwelliana confirmou-se plenamente desde que, controlado cada movimento por telefone, cada transação efetuada, hotéis utilizados, autoestradas percorridas e assim por diante, o cidadão se foi tornando na vítima integral do olho do poder. Mas quando se demonstra, como acontece agora, que mesmo as catacumbas dos segredos do poder não escapam ao controle de um pirata informático, a relação de controle deixa de ser unidirecional e torna-se circular. O poder controla cada cidadão, mas cada cidadão, ou pelo menos um pirata informático – qual vingador do cidadão –, pode aceder a todos os segredos do poder.

Como se aguenta um poder que deixou de ter a possibilidade de conservar os seus próprios segredos? É verdade, já o dizia Georg Simmel, que um verdadeiro segredo é um segredo vazio (e um segredo vazio nunca poderá ser revelado); é igualmente verdade que saber tudo sobre o caráter de Berlusconi ou de Merkel é realmente um segredo vazio de segredo, porque releva do domínio público; mas revelar, como fez o WikiLeaks, que os segredos de Hillary Clinton são segredos vazios significa retirar-lhe qualquer poder. O WikiLeaks não fez dano nenhum a Sarkozy ou a Merkel, mas fez um dano enorme a Clinton e Obama.

Quais serão as consequências desta ferida infligida num poder muito poderoso? É evidente que, no futuro, os Estados não poderão ligar à Internet nenhuma informação confidencial – é o mesmo que publicá-la num cartaz colado na esquina da rua. Mas é também evidente que, com as tecnologias atuais, é vão esperar poder manter conversas confidenciais por telefone. Nada mais fácil do que descobrir se e quando um Chefe de Estado se desloca de avião ou contatou um dos seus colegas. Como poderão ser mantidas, no futuro, relações privadas e reservadas?

Sei perfeitamente que, no momento, a minha visão é um pouco de ficção científica e, por conseguinte, romanesca, mas vejo-me obrigado a imaginar agentes do governo a deslocar-se discretamente em diligências de itinerários incontroláveis, portadores de mensagens que têm de ser decoradas ou, no máximo, escondendo as raras informações escritas na sola de um sapato. As informações serão conservadas em cópia única, em gavetas fechadas à chave: afinal, a tentativa de espionagem do Watergate teve menos êxito do que o WikiLeaks.

Já tive ocasião de escrever que a tecnologia avança agora a passo de caranguejo, ou seja para trás. Um século depois de o telégrafo sem fios ter revolucionado as comunicações, a Internet restabeleceu um telégrafo com fios (telefônicos). As fitas de vídeo (analógicas) permitiram aos investigadores de cinema explorar um filme passo-a-passo, andando para trás e para diante, descobrindo todos os segredos da montagem; agora, os CD (digitais) permitem saltar de capítulo em capítulo, ou seja por macro porções. Com os trens de alta velocidade, vai-se de Roma a Milão em três horas, enquanto, de avião, com as deslocações que implica, é necessário três horas e meia. Não é, pois, descabido que a política e as técnicas de comunicação voltem ao tempo das carruagens.

Uma última observação. Antes, a imprensa tentava compreender o que se tramava no segredo das embaixadas. Atualmente, são as embaixadas que pedem informações confidenciais à imprensa.



Traduzido em PresseEurop, Portugal, disseminado pelo pessoal da Vila Vudu e adaptado para o português brasileiro pelo Viomundo





Juventude assassinada

Dois estudos divulgados recentemente mostram que, embora tenha alguns avanços na questão dos direitos humanos no Brasil, o quadro continua estarrecedor.



O relatório relativamente otimista, “Direitos Humanos no Brasil 2010”, foi elaborado pela Rede Social de Justiça e Direitos Humanos. Seu diretor, Aton Fon Filho acentua o reconhecimento das cotas raciais e a redução do preconceito contra a mulher como contra (destacando a Lei Maria da Penha) como avanços que devem ser registrados.



Ele chama a atenção, entretanto, para graves violações que continuam ocorrendo em grande escala, uma preocupação confirmada pelo outro estudo, feito pelo Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e divulgado dia 8 pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela organização não governamental Observatório de Favelas.



Ele descreve em cores sombrias o estado da violência contra adolescentes no Brasil: em 2007, nos 266 municípios com mais de 100.000 habitantes, foram assassinados dois em cada grupo de 1.00O jovens entre 12 e 18 anos de idade. Se este ritmo não for reduzido, os autores do estudo calculam que 33 mil adolescentes serão mortos até 2013. Estes números equivalem às vítimas de uma guerra civil não declarada cujas vítimas estão neste fragilizado grupo de jovens.


Assassinatos são a causa de 45,5% das mortes nesta faixa de idade (quase metade); é o dobro das mortes por doenças (26,5%) e mais do dobro das mortes por acidentes (23,3%). As vítimas são principalmente do sexo masculino (12 rapazes para cada garota assassinada), negros (quase quatro para cada branco ou amarelo), e moradores das periferias, e as mortes são causadas principalmente por armas de fogo (revólver, pistola, espingarda, fuzil, metralhadora).


Uma explicação óbvia para esta realidade cruel é o envolvimento com crimes. Mas ela turva o entendimento do problema que revela, fundamentalmente, o descaso social, principalmente com as crianças mais pobres, a má qualidade das escolas públicas, a ainda hegemônica compreensão policialesca de questões sociais.



O Brasil vem avançando, é certo. Mas precisa reforçar seus ganhos civilizacionais e um dos maiores deles, que está em falta em muitos setores, é o respeito à vida.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL POR KELLY MAGALHÃES

O professor doutor Márcio Lima, que não conheço pessoalmente, com muitas e boas titulações e coordenador do Curso de Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades, escreveu em seu blog um texto intitulado DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL.
Achei estranha a relação que o doutor Márcio Lima fez entre o filme de Glauber Rocha e o seu texto discorrendo de forma tendenciosa e equivocada sobre a política local e minha eleição para deputada estadual.
DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL aborda de forma metafórica o fanatismo representado nas figuras do SANTO SEBASTIÃO (Deus) e CORISCO (diabo) deformados pela solidão e miséria do sertão e de como Manuel, vaqueiro que matou o patrão escravista foge do matador profissional e se embrenha entre os dois líderes. Em síntese, o filme conta as alucinações, as visões, as práticas e os modos de condutas aberrantes que a fome, a miséria e a ignorância podem inspirar num povo desesperado.
Com quase 120 anos de existência, uma cultura miscigenada, um crescimento vertiginoso e ao mesmo tempo desordenado, Barreiras é um grande município, com um grande povo; tem seus altos e baixos, é verdade, mas, nada, nada mesmo que possa ser comparado ao que o filme de Glauber Rocha retrata. Vivemos no Estado democrático de direitos, temos liberdade de expressão, a presença de universidades e faculdades vai consolidando uma nova mentalidade e as pessoas tem exercido o seu direito de crítica e de voto. Portanto, não vejo paralelo entre a realidade de Barreiras e a retratada no filme.
As eleições de 2010 tiveram como pauta  principal a questão religiosa, revelando que uma face do Brasil ainda é conservadora e usa de artifícios do passado num mundo moderno. Doutor Márcio, demonstra não aceitar o resultado das urnas em 2010 e crê que os "evangélicos fiéis à prefeita" foram responsáveis pelo "instigante" resultado eleitoral. Não sou evangélica e sei que a maior parte do meu eleitorado não está entre os evangélicos. Mas, respeito e não faço distinção de votos por credo, raça, sexo ou estrato social. Na urna, somos iguais, absolutamente iguais.
Doutor Márcio alega em texto que nada pode esperar de mim como deputada porque tenho o mesmo discurso: defender a prefeita e agir dessa forma por que não tenho trabalho para mostrar. Em sua veia feroz de ataques, o doutor Márcio vai mais longe e diz que minhas ações se devem a um suposto acordo/pacto ou compadrio para me eleger deputada. Pobre Barreiras, com tantos  doutores e tão longe do conhecimento que possa ser proporcionado para que todos nós possamos ter líderes melhores.
Repito o que o doutor Márcio disse, por que na condição de vereadora, não conheço nenhum projeto de extensão que o doutor Márcio tenha feito na condição de Coordenador do Curso de Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades. Sugiro que o doutor promova debates isentos com a comunidade local sobre política e formação de líderanças como contribuição legítima de quem quer o melhor para Barreiras.
Vou traduzir literalmente uma passagem do filósofo françês Michel de Montaigne que o doutor Márcio usou para combater uma crítica do Jornal São francisco quando do debate sobre a criação do Estado do Rio Sâo Francisco: "Todos estão sujeitos a dizer tolices; o mal está em as enunciar com pretensão: 'Este homem provavelmente vai expor-nos, com ênfase, algumas enormidades(Terêncio)'. Este segundo ponto não me diz respeito, porque não dou maior atenção às bobagens que me escapam. Felizmente para elas, pois as negaria imediatamente se devesem prejudicar-me, ainda que ligeiramnete. Nada compro ou vendo por preço mais alto do que vale. Escrevo como falo ao primeiro indivíduo que encontro, contentando-me com dizer a verdade."
Em verdade doutor Márcio, o senhor como professor, pode e deve conhecer todos os dados sociais, econômicos e estatísticos da nossa região; afinal, só transmite conhecimento quem tem. Julgar as pessoas e os políticos ao sabor das conveniências, em nada contribui para melhorar e avançar no desenvolvimento da nossa realidade. Como o senhor mesmo disse, chegou aqui em meados de 2006 e se acha no direito de dizer as tolices que disse a meu respeito. Normal, faz parte do jogo democrático e como política estou sujeita a isso mesmo. Porém, repilo a tentativa de desqualificação e acusações de fiz acordos espúrios com o fito de me eleger. Ninguem se elege do nada ou apenas na força do compadrio ou de conchavos; Barreiras está longe disso. Tenho serviços prestados a essa cidade como cidadã e como política. Meus doi mandatos de vereadora e meu mandato de deputada estadual são frutos de uma trajetória de lutas e conquistas. Me estranha que uma região que elegeu 3 deputados estaduais e 01 federal apenas eu seja motivo de uma análise que nivele tão por baixo. Política é feito de ônus e bônus com qualquer escolha que façamos na vida. Fui parte integrante de uma coalizão que elegeu a prefeita Jusmari Oliveira e faço parte da sua bancada de sustenção; não veja, no sistema político atual, onde isso possa ser considerado crime ou motivo de críticas e como isso possa ser usado como medidor para o meu desempenho no mandato de deputada estadual.
Todas as minhas iniciativas, projetos e Leis produzidas nos meus 06 anos de mandato estão a sua disposição; quanto ao meu mandato como presidente da Câmara, tenho prazer em lhe dizer que sua chegada em meados de 2006 para UFBA, foi fruto de uma grande articulação política das mais diversas matizes que colocaram as disputas menores de lado e se uniram em torno de projeto maior para a região; e esse projeto doutor, inclusive com a doação do prédio do Pe. Vieira, teve a minha participação direta como presidente do Legislativo que promoveu a Audiência Pública com os deputados federais que se comprometeram a  empenhar suas Emendas pessoais para o imediato funcionamento do Campus.
Faça valer o tripé essencial de uma Universidade pública doutor, e chame todos os deputados sem rancor e pensando num projeto de desenvolvimento e nos apresente idéias e sugestões para melhorar a vida do povo e da região. Isso é extensão que junto com a pesquisa e o ensino, consolidam a qualidade da Universidade. Estou a sua disposição.
Pedindo licença para usar suas palavras doutor, repito o que senhor usou em artigo sobre a questão do Jornal São Francisco:
" Se é útil esconder a verdade em prol de uma causa, ainda prefiro estar na companhia de Montaigne. E para que a utilidade não se sobreponha à honestidade, é preciso que a verdade seja dita."
Kelly Magalhães

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Fortes: como a Casa Grande convencerá a Senzala a votar em Serra

O conteúdo abaixo caiu na minha caixa de spam, hoje de manhã, enviado por um certo Rodrigo Roni, certamente um dos muitos brucutus de internet a serviço da campanha de José Serra. Normalmente, apago da minha caixa de mensagem de e-mails correntes de quaisquer naturezas, pela óbvia razão de serem escritas e disseminadas por fanáticos religiosos, militantes políticos extremistas e idiotas em geral.


Por Leandro Fortes, no blog Brasília, eu Vi

Esta, contudo, embora não fuja à regra, é bastante emblemática sobre o desespero de certa porção da classe média em relação à perspectiva da vitória de Dilma Rousseff e da continuidade dos programas sociais do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Trata-se de um panfleto antipetista por excelência, recheado de preconceitos e ofensas amarguradas, um último apelo à insensatez em nome da preservação dos piores e mais mesquinhos valores dessa parcela da sociedade brasileira que caminha, felizmente, para a extinção.


Para garantir votos ao tucano José Serra, a corrente estabelece uma fórmula baseada, explicitamente, nas relações da Casa Grande com a Senzala. Ensina ao patrão e à dona-de-casa de classe média como convencer empregadas domésticas, porteiros, motoristas, ascensoristas e empregados em geral do perigo que representará a eleição de Dilma.


Reparem que as recomendações são para os empregados de dentistas, advogados, clientes, nunca para os dentistas, advogados e clientes, desde já colocados como pessoas de primeira categoria, portanto, imunes ao discurso patético de persuasão apregoado pelo panfleto. Há, ainda, o risível apelo a ser feito “ao atendente da sauna, da academia, da escola de natação, da escola de inglês das crianças”.


Enfim, um texto altamente representativo do tipo de elite que temos no país, suas razões, seus preconceitos, seus medos e seu instinto de preservação baseado em conceitos primários. Uma elite que acha que pode convencer seus serviçais, a quem trata como escravos, a não votar na continuidade de um projeto político que lhes garantiu, pela primeira vez na vida, emprego formal, crédito, qualidade de vida, autoestima e representação política real.


No auge do desespero, o autor do texto deixa transparecer seu caráter doentio ao se referir a Dilma como “perereca assassina e terrorista”. É essa gente que se coloca como alternativa a um governo popular que tirou o Brasil do buraco.


Vale a pena ler, portanto, esse tratado da demência de auto denominados “formadores de opinião”:


Como Ganhar Votos para o Serra

Meus amigos,


Tenho recebido da maioria de vocês, quase que diariamente, emails de indignação contra PT e Dilma.Ficar falando entre nós não leva a nada. E o que a gente precisa fazer é ir atrás dos indecisos, dos que possam até gostar do Lula mas não necessariamente da Dilma, quem sabe ainda dá pra virar essa eleição. Mas eu pergunto – o que realmente estamos fazendo para que o José Serra ganhe esta eleição??? Por que não adianta nós, os denominados “formadores de opinião” ficarmos trocando emails de coisas que já sabemos. Assim, convoco a todos para um pacto que é:CONVERSAR COM, NO MÍNIMO, DUAS PESSOAS POR DIA SOBRE A ELEIÇÃO PRESIDENCIAL E CONVENCER ESTA PESSOA A VOTAR NO SERRAQuem são as pessoas que temos que conversar e convencer:


• a sua assistente doméstica / sua diarista

• seus funcionários

• o guarda da escola das crianças, a tia da escola, a tia da cantina

• o porteiro da sua casa e do seu trabalho

• o manobrista do seu carro, para quem usa estacionamento

• o ascensorista do prédio do seu dentista, do seu advogado, do seu cliente

• o frentista do posto de gasolina

• a caixa do supermercado, da farmácia, do sacolão, …..

• a recepcionista da empresa do seu cliente

• a vendedora da loja de sapato, de roupa, ….

• o garçon do restaurante e do boteco

• o cabeleireiro, a manicure, a fisioterapeuta, a massagista,

• o atendente da sauna, da academia, da escola de natação, da escola de inglês das crianças, etc

Vejam que todos os dias, encontramos no mínimo 10 pessoas diferentes na nossa vida. Daqui até o dia 31 de outubro são somente 12 dias de trabalho, em prol da mudança de grupo político para governar nosso país.


Não queremos ver o PT mais 8 anos no governo se locupletando e explorando a boa fé dos incautos e/ou ignorantes.

Em vez de falar do tempo, vamos falar da eleição. Quando encontrar alguém no elevador, pergunte em quem ele vai votar. E se essa pessoa disser que vai votar no Serra, instigue ele a entrar nessa campanha.

Não envie apenas, emails falando do passado da Dilma, que o Lula não estudou, que o governo do PT sabia do mensalão, (isso nós já sabemos).


Vamos à luta!!!


Esse é o momento, FAÇA A SUA PARTE!!! Ninguém vai saber se você fez a sua parte, somente você e Deus.

A hora de trabalhar é agora !!


Esta é uma corrente… do BEM.


Funciona assim:

Se você passar este e-mail para pelo menos 10 outras pessoas e estas passarem para outras 10, e assim por diante, ao final de outubro um milagre irá acontecer e beneficiará você e sua família e a todas as famílias que repassaram esta corrente. Já, se você simplesmente ignorar esta corrente, não a repassando, ao final de outubro você será amaldiçoado com o pior de todos os pesadelos: aturar a perereca assassina e terrorista por quatro longos anos de sua vida!!!! Pense bem !!

Não se esqueça!

Foi a Internet que ganhou o plebiscito do desarmamento.

Portanto, podemos vencer essa eleição também, se nos concentrarmos em um candidato melhor que o Lula. Com ela: PODE FICAR MUITO PIOR.


quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Hora de vigilância e mobilização total por Dilma

A campanha eleitoral entra, nesta segunda-feira, na reta final. Nunca houve uma campanha tão sórdida quanto a preconizada pela direita e pelo neoliberal José Serra que – sem discurso e não podendo confessar seu programa privatizante, anti-estatista e antissocial – basearam sua propaganda em ataques e mentiras, no falso moralismo e na exploração do sentimento religioso dos brasileiros.

Tudo isso com muito dinheiro, muitos recursos e total apoio dos setores mais retrógrados da elite brasileira. Entre eles a medievalista Tradição, Família e Propriedade (TFP), que defende abertamente o retorno de formas de viver onde poucos mandam e o povo obedece cegamente. Como na Idade Média, quando os barões mandavam e o povo ficava à mercê de seus caprichos e arbítrios.


Ou velhos terroristas da extrema direita que atuaram na repressão da ditadura militar e se envolveram em atentados a bomba nos anos 80 contra os democratas que lutavam contra o regime dos generais. Estes são os aliados de José Serra, do PSDB e do DEM que, hoje, são a expressão mais visível dessa direita retrógrada e antipopular.

Para espalhar boatos anti-Dilma, montaram um caríssimo aparato de telemarketing que pode atingir 14 milhões de eleitores para difundir calúnias e preconceitos; em Minas Gerais este esquema vai levar a voz do senador eleito Aécio Neves a cinco milhões de eleitores pedindo votos para José Serra.

A baixaria que marcou a campanha desde os últimos dias do primeiro turno revela a falta de escrúpulos e o escárnio contra o eleitor que move a campanha tucana, baseada em calúnias e falsificações.

O eleitorfez uma experiência rica desde a primeira eleição presidencial dos tempos modernos, em 1989, e já não se deixa enganar. Com Fernando Collor e, depois, Fernando Henrique Cardoso, foi enganado e escolheu os partidários do atraso, do retrocesso e da humilhação nacional – escolheu o Brasil que dá errado, como corretamente diz o presidente Lula.

Desde 2002, contudo, experimentou o acerto – o Brasil que dá certo, completando a frase do chefe da nação – e viveu os benefícios da escolha correta. O Brasil voltou a crescer, livrou-se da tutela do FMI e do grande capital financeiro internacional, passou a falar de igual para igual com todos os países, dos truculentos como os EUA aos pacíficos, como a Bolívia; melhorou a situação do povo e abriu perspectivas novas de uma vida digna e da qual, hoje, os brasileiros se orgulham. Trocou o “complexo de vira-latas” dos tempos de FHC pelo orgulho nacional que hoje envolve a todos.


Mas não basta não se deixar enganar: é preciso dizer isso para todos, e convencer os iludidos da gravidade de fazerem escolhas insensatas e contra os interesses do Brasil, do povo e da economia que reencontrou o caminho do crescimento.


Contra a força do dinheiro dos poderosos que cercam José Serra – aliado da direita e candidato preferido da grande finança internacional e do imperialismo – o povo tem a força maior da mobilização, da defesa nas ruas e praças da candidatura da continuidade e do avanço das mudanças, representada por Dilma Rousseff.


Estes dias que precedem a batalha final do dia 31 – e nunca a palavra batalha foi tão bem empregada como no embate eleitoral deste ano – serão tempos de vigilância contra mentiras e baixarias. Um tempo de mobilização total, democrática e avançada; da afirmação da luta do povo contra os atentados da extrema direita e contra a volta ao passado de desemprego e empobrecimento. Da proteção do Brasil contra governos que se ajoelham diante de imposições estrangeiras. Tempo de escolha da verdade contra a mentira. Dias de defesa do voto em Dilma Rousseff para confirmar, mais uma vez a derrota que o povo já impôs aos neoliberais em 2002 e 2006.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Semana ruim para Serra termina com chacota na internet

A campanha tucana amargou uma semana difícil. Uma sequência de fatos negativos culminou com a inesperada ridicularização do candidato, após o controvertido episódio da “agressão” a Serra, no Rio.

Já no sábado, um jornal de grande circulação publicou o que até então só circulava entre comunidades de relacionamento na internet: a notícia de que Mônica Serra havia feito um aborto. A própria mulher do candidato já estava longe, no Chile, estrategicamente afastada da campanha. Os tucanos não só haviam acabado de perder o trunfo contra a adversária Dilma Rousseff, como viam o bumerangue da polêmica que estimularam se voltar ameaçadoramente para a cabeça de Serra.

Era só o começo. Logo na madrugada de terça-feira (19), a pesquisa Vox Populi indicou 14 pontos de vantagem para Dilma Rousseff. Mas, afinal, era só um instituto suspeito – trataram de realçar alguns tucanos. Sérgio Guerra, presidente do PSDB, chegou a protestar contra o resultado.

Na mesma terça, Serra enfrentou a mais dura entrevista feita ao vivo, em rede nacional, até aqui. Durante 11 minutos, os apresentadores do Jornal Nacional, da TV Globo, praticamente só lhe fizeram perguntas espinhosas. O candidato suou para explicar porque primeiro negou conhecer Paulo Preto e depois saiu em defesa do assessor suspeito de desvio de dinheiro de campanha.

Na quarta-feira (20), o Ibope praticamente confirmou os números do criticado Vox Populi. A sondagem indica que Dilma voltou a crescer, após a entrada forte de Lula na campanha, e que Serra caiu.

No mesmo dia, o tucano participou de um corpo a corpo com eleitores no Rio que terminou em confronto entre petistas e tucanos. Serra foi atingido na cabeça e levado a um hospital. A campanha utiliza as cenas na propaganda eleitoral e o candidato acusa Lula de estimular a violência. À noite, Record e SBT mostraram em seus telejornais que o candidato fora atingido aparentemente por uma bolinha de papel, e sequer esboçara reação.

Embora testemunhas afirmem que mais tarde Serra foi também alvo de um rolo de etiquetas lançado a uma distância de dez metros, a imagem que correu a internet foi a da bolinha de papel quicando inofensiva a calva cabeça do candidato.

Ao longo de toda a quinta-feira (21), a cena foi distribuída para milhares de pessoas via internet, virou motivo de piadas, charges e até de um jogo eletrônico que oferece ao internauta a possibilidade de alvejar Serra com uma bolinha de papel, da qual o candidato se esquiva, abaixando-se por detrás da bancada do Jornal Nacional.

Serra terminou comparado por Lula ao goleiro Roberto Rojas, do Chile - que simulou ser atingido por um rojão no Maracanã - e defendido por Sérgio Guerra, este já com poucas armas para fazer frente ao prejuízo à imagem do candidato.

Vai terminando assim a penúltima semana da campanha do segundo turno para o candidato da oposição.

Salete Lemos
Colunista do Portal R7

















quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Lula compara Serra ao goleiro Rojas e diz que agressão é ‘mentira descarada’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de “farsa” e “mentira descarada” a alegação de agressão contra o candidato José Serra (PSDB) e afirmou que o presidenciável tucano deve pedir desculpas ao povo se tiver “um minuto de bom senso”. Citando notícias veiculadas pelas redes de TV Record e SBT, Lula disse que Serra protagonizou uma farsa ao dizer que foi agredido por militantes petistas no Rio de Janeiro. “A mentira que foi produzida ontem pela equipe de publicidade do candidato José Serra é uma coisa vergonhosa. Ontem deveria ser conhecido como dia da farsa, dia da mentira”, disse Lula, após inaugurar um estaleiro em Rio Grande (RS). Lula também comparou Serra ao goleiro chileno Rojas, que fingiu ter sido atingido por um foguete no Maracanã, durante as eliminatórias para a Copa do Mundo de 1990. “Primeiro bateu uma bola de papel na cabeça do candidato, ele nem deu toque para a bola, olhou para o chão e continuou andando. Vinte minutos depois esse cidadão recebe um telefonema, deve ser o diretor de produção dele que orientou que ele tinha que criar um factoide, deve ter lembrado do jogo do Chile com o Brasil”, disse Lula. (Folha)

sábado, 16 de outubro de 2010

Monica Serra contou ter feito aborto, diz ex-aluna à Folha

O discurso do candidato à Presidência José Serra (PSDB) de que é contra o aborto por "valores cristãos", que impedem a interrupção da gravidez em quaisquer circunstâncias, é questionado por ex-alunas de sua mulher, Monica Serra.


Por Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo

Num evento no Rio, há um mês, a psicóloga teria dito a um evangélico, segundo a Agência Estado, que a candidata Dilma Rousseff (PT), que já defendeu a descriminalização do aborto, é a favor de "matar criancinhas".


Segundo relato feito à Folha por ex-alunas de Monica no curso de dança da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), a então professora lhes contou em uma aula, em 1992, que fez um aborto quando estava no exílio com o marido.


Depois do golpe militar no Brasil, Serra se mudou para o Chile, onde conheceu a mulher. Em 1973, com o golpe que levou Augusto Pinochet ao poder, o casal se mudou para os Estados Unidos.


Outro lado


A Folha tentou falar com Monica Serra durante dois dias para comentar o relato das ex-alunas, sem sucesso. Um dia depois do debate da TV Bandeirantes, no domingo, 10, a bailarina Sheila Canevacci Ribeiro, 37, postou uma mensagem em seu Facebook para "deixar a minha indignação pelo posicionamento escorregadio de José Serra" em relação ao tema.


Ela escreveu que Serra não respeitava "tantas mulheres, começando pela sua própria mulher. Sim, Monica Serra já fez um aborto". A mensagem foi replicada em outras páginas do site e em blogs.


"Com todo respeito que devo a essa minha professora, gostaria de revelar publicamente que muitas de nossas aulas foram regadas a discussões sobre o seu aborto traumático", escreveu Sheila no Facebook. "Devemos prender Monica Serra caso seu marido fosse [sic] eleito presidente?"

À Folha a bailarina diz que "confirma cem por cento" tudo o que escreveu. Sheila afirma que não é filiada a partido político. Diz ter votado em Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) no primeiro turno. No segundo, estará no Líbano, onde participará de performance de arte.


Se estivesse no Brasil, optaria por Dilma Rousseff (PT). Sheila é filha da socióloga Majô Ribeiro, que foi aluna de mestrado na USP de Eva Blay, suplente de Fernando Henrique Cardoso no Senado em 1993. Majô foi pesquisadora do Núcleo de Estudos da Mulher e Relações Sociais de Gênero da USP, fundado pela primeira-dama Ruth Cardoso (1930-2008).


Militante feminista, Majô foi candidata derrotada a vereadora e a vice-prefeita em Osasco pelo PSDB. A socióloga disse à Folha estar "preocupada" com a filha, mas afirma que a criou para "ser uma mulher livre" e que ela "agiu como cidadã".

Sheila é casada com o antropólogo italiano Massimo Canevacci, que foi professor de antropologia cultural na Universidade La Sapienza, em Roma, e hoje dirige pesquisas no Brasil.


A Folha localizou uma colega de classe de Sheila pelo Facebook. Professora de dança em Brasília, ela concordou em falar sob a condição de anonimato. Contou que, nas aulas, as alunas se sentavam em círculos, criando uma situação de intimidade. Enquanto fazia gestos de dança, Monica explicava como marcas e traumas da vida alteram movimentos do corpo e se refletem na vida cotidiana.


Segundo a ex-estudante, as pessoas compartilhavam suas histórias, algo comum em uma aula de psicologia. Nesse contexto, afirmou, Monica compartilhou sua história com o grupo de alunas. Disse ter feito o aborto por causa da ditadura.


Ainda de acordo com a ex-aluna, Monica disse que o futuro dela e do marido, José Serra, era muito incerto. Quando engravidou, teria relatado Monica à então aluna, o casal se viu numa situação muito vulnerável.


"Ela não confessou. Ela contou", diz Sheila Canevacci. "Não sou uma pessoa denunciando coisas. Mas [ela é] uma pessoa pública, que fala em público que é contra o aborto, é errado. Ela tem uma responsabilidade ética."


A assessoria da psicóloga Monica Serra, mulher de José Serra, não respondeu aos questionamentos feitos pela Folha a respeito do relato de suas ex-alunas. A Folha procurou Monica Serra pela primeira vez na manhã de anteontem. Segundo sua assessoria, ela havia viajado para o Chile e não seria possível localizá-la naquele momento.


Entre quinta-feira e ontem, a reportagem telefonou seis vezes e enviou cinco e-mails para a assessoria. Recebeu uma mensagem com a seguinte afirmação: "Não há como responder".




Fonte: Folha de S.Paulo

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Religiosos lançam manifesto em apoio a Dilma Rousseff

Manifesto de religiosos que declaram apoio a Dilma Rousseff combate campanha caluniosa feita em algumas igrejas contra a candidata e defende que “defender a vida é oferecer condições de saúde, educação, moradia, terra, trabalho, lazer, cultura e dignidade para todas as pessoas, particularmente as que mais precisam”.

Utilizando uma passagem bíblica no título - "Se noa calarem até as pedras gritarão", presente no Evangelho de São Lucas, capítulo 19, versículo 40 - o manifesto começou a circular pelos e-mails e em outros espaços virtuais nesta semana.

Assianda por religiosos que defendem a democracia e têm relação histórica com os movimentos sociais, como Frei Betto, Dom Thomas Balduino - da Comissão Pastoral da Terra (CPT) -, e o bispo Dom Pedro Casaldáliga, a carta defende o projeto da candidata Dilma Rousseff e valoriza a relação da candidata com movimentos sociais e populares. Evangélicos, como o pastor Marco Aurélio Alves Vicente, da organização Evangélicos pela Justiça (EPJ) também subscrevem o texto.

Além de apoiar a candidatura de Dilma Rousseff, o manifesto apresenta críticas ao candidato José Serra e os partidos da sua coligação e deixa claro que parcela dos que subscrevem apoiaram a candidata Marina Silva no primeiro turno.

Confira a íntegra do documento:

"'Se nos calarmos, até as pedras gritarão!'


Manifesto de Cristãos e cristãs evangélicos/as e católicos/as em favor da vida e da Vida em Abundância!

Somos homens e mulheres, ministros, ministras, agentes de pastoral, teólogos/as, padres, pastores e pastoras, intelectuais e militantes sociais, membros de diferentes Igrejas cristãs, movidos/as pela fidelidade à verdade, vimos a público declarar:

1. Nestes dias, circulam pela internet, pela imprensa e dentro de algumas de nossas igrejas, manifestações de líderes cristãos que, em nome da fé, pedem ao povo que não vote em Dilma

Rousseff sob o pretexto de que ela seria favorável ao aborto, ao casamento gay e a outras medidas tidas como “contrárias à moral”. A própria candidata negou a veracidade destas afirmações e, ao contrário, se reuniu com lideranças das Igrejas em um diálogo positivo e aberto. Apesar disso, estes boatos e mentiras continuam sendo espalhados. Diante destas posturas autoritárias e mentirosas, disfarçadas sob o uso da boa moral e da fé, nos sentimos

obrigados a atualizar a palavra de Jesus, afirmando, agora, diante de todo o Brasil: “se nos calarmos, até as pedras gritarão!” (Lc 19, 40).

2. Não aceitamos que se use da fé para condenar alguma candidatura. Por isso, fazemos esta declaração como cristãos, ligando nossa fé à vida concreta, a partir de uma análise social e
política da realidade e não apenas por motivos religiosos ou doutrinais. Em nome do nosso compromisso com o povo brasileiro, declaramos publicamente o nosso voto em Dilma Rousseff e as razões que nos levam a tomar esta atitude:


3. Consideramos que, para o projeto de um Brasil justo e igualitário, a eleição de Dilma para presidente da República representará um passo maior do que a eventualidade de uma vitória

do Serra, que, segundo nossa análise, nos levaria a recuar em várias conquistas populares e efetivos ganhos sócio-culturais e econômicos que se destacam na melhoria de vida da população brasileira.


4. Consideramos que o direito à Vida seja a mais profunda e bela das manifestações das pessoas que acreditam em Deus, pois somos à sua Imagem e Semelhança. Portanto, defender a vida é oferecer condições de saúde, educação, moradia, terra, trabalho, lazer, cultura e dignidade para todas as pessoas, particularmente as que mais precisam. Por isso, um governo justo oferece sua opção preferencial às pessoas empobrecidas, injustiçadas, perseguidas e caluniadas, conforme a proclamação de Jesus na montanha (Cf. Mt 5,1- 12).

5. Acreditamos que o projeto divino para este mundo foi anunciado através das palavras e ações de Jesus Cristo. Este projeto não se esgota em nenhum regime de governo e não se reduz apenas a uma melhor organização social e política da sociedade. Entretanto, quando oramos “venha o teu reino”, cremos que ele virá, não apenas de forma espiritualista e restrito aos corações, mas, principalmente na transformação das estruturas sociais e políticas deste mundo.


6. Sabemos que as grandes transformações da sociedade se darão principalmente através das conquistas sociais, políticas e ecológicas, feitas pelo povo organizado e não apenas pelo beneplácito de um governante mais aberto/a ou mais sensível ao povo. Temos críticas a alguns aspectos e algumas políticas do governo atual que Dilma promete continuar. Motivo do voto

alternativo de muitos companheiros e companheiras. Entretanto, por experiência, constatamos: não é a mesma coisa ter no governo uma pessoa que respeite os movimentos populares e dialogue com os segmentos mais pobres da sociedade, ou ter alguém que, diante de uma

manifestação popular, mande a polícia reprimir. Neste sentido, tanto no governo federal, como nos estados, as gestões tucanas têm se caracterizado sempre pela arrogância do seu apego às políticas neoliberais e pela insensibilidade para com as grandes questões sociais do povo mais empobrecido.


7. Sabemos de pessoas que se dizem religiosas, e que cometem atrocidades contra crianças, por isso, ter um candidato religioso não é necessariamente parâmetro para se ter um governante justo, por isso, não nos interessa se tal candidato/a é religioso ou não. Como Jesus, cremos que o importante não é tanto dizer “Senhor, Senhor”, mas realizar a vontade de Deus, ou seja, o projeto divino. Esperamos que Dilma continue a feliz política externa do presidente Lula, principalmente no projeto da nossa fundamental integração com os países irmãos da América Latina e na solidariedade aos países africanos, com os quais o Brasil tem uma grande dívida moral e uma longa história em comum. A integração com os movimentos

populares emergentes em vários países do continente nos levará a caminharmos para novos e decisivos passos de justiça, igualdade social e cuidado com a natureza, em todas as suas dimensões. Entendemos que um país com sustentabilidade e desenvolvimento humano – como Marina Silva defende – só pode ser construído resgatando já a enorme dívida social com o seu povo mais empobrecido. No momento atual, Dilma Rousseff representa este projeto que, mesmo com obstáculos, foi iniciado nos oito anos de mandato do presidente Lula. É isto que

está em jogo neste segundo turno das eleições de 2010.

Com esta esperança e a decisão de lutarmos por isso, nos

subscrevemos:

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

03 de outubro foi um lindo dia

Hoje é quarta-feira, já se passaram três de uma linda vitória e só hoje consegui sentar para escrever o que senti e o que sinto ainda nesse pós eleição coroada de êxito. Agradeço a Deus e agradeço à 36 mil e 141 pessoas que depositaram a confiança, a esperança e o desejo de ver a política em Barreiras e no oeste com uma nova cara e nova dinâmica.

Sofri muito durante a campanha e antes da campanha, enfrentando a mais dura perseguição e preconceito dos que nunca aceitaram que uma pessoa sem berço de ouro, sem oligarquia familiar, sem tradição na política, ocupasse o lugar no cenário político que venho ocupando em seis anos mandato e mais 14 de ativa militância política. Fui acusada de trair quem me deu destaque na política como dizem os SITES de oposição que não nos deram trégua. Todas as publicações citavam vários deputados como prováveis eleitos no oeste. O meu nome nunca constou. Ao contrário: diziam que eu não tinha a menor chance.

Enfrentei as piores adversidades por aqueles que nunca aceitaram a vitória da prefeita Jusmari na eleições de 2008 e lhe empunharam a dura oposição, com acusações de todo tipo e açoes judiciais, dando a impressão de que Barreiras era uma cidade maravilhosa com uma excelente infraestrutura e escolas novíssimas em folha e que Jusmari destruiu tudo. Nada disso é verdade e todos nós sabemos. A verdade incontestável é de que a força política de Jusmari incomoda muita gente.

No dia 03 de Outubro, só saí da frente do computador quando recebi a notícia do advogado PCdoB em Salvador que estava no TRE e informou que o PCdoB elegeria de 03 a 04 deputados e que eu poderia comemorar pois já estava eleita. Esse foi o momento de maior emoção em que não segurei as lágrimas e um filme passou na minha mente recordando toda minha vida de dificuldades e de enfretamento. Comemorei com alegria ao lado daqueles que foram leais, sinceros e sempre acreditaram na nossa capacidade.

Agradeço imensamente a prefeita Jusmari. Tive17 mil votos nas eleições de 2006. Graças a sua força política e seu prestígio na região, fui eleita deputada com uma expressiva votação. Sei  da sua vontade em fazer de Barreiras e região, um grande pólo de desenvolvimento e geração de emprego e renda com inclusão social. E terá o meu mandato de deputada estadual para trabalhar para o município e região.  

Passada a euforia da vitória, fui ver o resultado dos demais candidato da região especialmente Barreiras, e não fiquei surpresa ao ver os votos da candidato a deputado federal Saulo Pedrosa, a quem tanto me acusam de tê-lo traído depois de "ter feito de mim vereadora e presidente da Câmara". Saulo Pedrosa teve a mesma votação que deu a sua candidata a prefeita em 2008, e que deu ao candidato a deputado federal Juthay Magalhães em 2006.  Esses são os seus votos. Nada mais do que isso.Todas as vitórias que obteve no passado, foram conseguidas com a força dos Partidos de centro-esquerda e esquerda num grande arco de alianças que por duas vezes lhe elegeu prefeito; e quando se elegeu deputado federal, foi graças a influencia de ACM em comum acordo com o então prefeito Antônio Henrique na época. Então? quem traiu ou quem foi traído? ninguém. Temos o direito de construir nosso próprio caminho. Foi isso que fiz.

Sem dúvida, a grande surpresa foi a derrota de Antônio Henrique. Não só pela perda do mandato de Antônia Pedrosa, mas, pelos minguados votos obtidos em Barreiras. Foi a resposta dos que não desejam mais a política mesquinha da perseguição, da agressão e do xingamento.

Aos amigos de uma vida e aos novos que crescem a cada dia, deixo a certeza de que meu mandato de deputada estadual, servirá aos interesses de Barreiras e do Oeste. Nossa luta incansável será para que  a rede escolar de ensino médio seja ampliada com novas escolas técnicas profissionalizantes; a UNEB seja fortalecida e deixe a condição de Campus para ser a Universidade Estadual do Oeste da Bahia, a rede de saúde seja ampliada com a construção de um hospital do porte do HO  no município de Santa Maria da Vitória para diminuir a demanda dos hospitais de Barreiras. Atuaremos em várias frentes, para que o oeste receba os investimentos necessários para consolidar nossa condição de pólo regional e futuro Estado do São Francisco. E atuaremos também, com muita força em defesa das mulheres e das políticas públicas que elevem ainda mais o papel de destaque que hoje ocupamos. Para isso já recomeçamos a luta pela eleição da 1ª presidente do Brasil: DILMA.

Minha expressiva votação, faz com que eu leve para Salvador a certeza de que estamos no caminho certo e uma vontade ainda maior de fazer a minha parte: Trabalhar incansavelmente.
obrigada de coração a todos e todos que trilharam essa jornada vitoriosa.
03 de Outubro foi um lindo dia!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

03 de outubro será um lindo dia

Está chegando a hora. Depois dA árdua luta em todos os municípios do oeste baiano,  em busca do voto dos povo oestino, quero agradecer a todas as famílias, aos amigos, políticos, lideranças comunitárias e tanta gente humilde, que com muita sinceridade e boa vontade, abriram suas portas para nos receber.
Reafirmo aqui meu compromisso de lutar pelo oeste. Confiantes no reconhecimento do povo ao nosso projeto para Barreiras e o oeste, Vamos ao dia 03 de outubro com fé e alegria no coração.
Que cada amigo, amiga, militante e aqueles que amam Barreiras e o Oeste, possa multiplicar o voto para garantir a nossa vitória, que certamente será a vitória dos que querem o bem de Barreiras e toda região.
Não é mais póssível conviver com a política do atraso e da perseguição mesquinha que prejudicou o nosso desenvolvimento. Estamos alinhados com Wagner governador, Dilma presidente, Lídice senadora e Pinheiro Senador  e Oziel deputado federal. Nossa eleição para a Assembléia Legislativa, tem como objetivo principal, a alocação de recursos e Emendas no orçamento do Estado para viabilizar as obras estruturantes que nosso município e região precisam.
Vamos em frente, 03 de outubro será um lindo dia, o dia da mais louca alegria que se possa imaginar.
CONTO COM VOCÊS!
KELLY 65123
UM ABRAÇO SINCERO E FRATERNO ÀQUELES QUE ACOMPANHAM A NOSSA TRAJETÓRIA E TEM CONFIADO NA POLÍTCA KELLY MAGALHÃES.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Emir Sader: Viva o povo brasileiro!

Massacrado pelos monopólios da velha mídia, desinformado sobre o país, vitima das mentiras reiteradas da oposição midiática, o povo brasileiro demonstra nestas eleições um grau de consciência política e de maturidade cívica exemplares.

por Emir Sader, em seu blog

Consegue distinguir o essencial do secundário, opta pela prioridade das políticas sociais sobre a absolutização do ajuste fiscal, condena os políticos responsáveis pelos governos desastrosos do passado, opta pelo Estado como indutor do crescimento e da distribuição de renda.

Reconhece em Lula e na Dilma os principais responsáveis pelas mudanças positivas que o pais vive, execra a FHC, a Serra, à Globo e aos seus aliados da velha mídia, não dando bola para seus factóides e deixando-os na solidão do seu golpismo. O povo reconhece os avanços principais que o país teve, assiste os programas da Dilma na TV, comparece aos comícios de Lula e da Dilma, e se reconhece, sabe que tudo o que se mostra e se diz reflete as mudanças de vida que estão vivendo no seu mundo sofrido e até aqui abandonado.

Não deram ouvidos para as infâmias da oposição e sua velha mídia, de preconceitos contra as mulheres – que hoje majoritariamente também preferem Dilma -, contra os lutadores contra a ditadura, contra os movimentos sociais e os militantes políticos, que saem todos engrandecidos com o apoio popular.

Derrotados saem a Globo, a Veja, a FSP (Força Serra Presidente), o Estadão e todos os arautos do golpismo, do velho Brasil, das oligarquias tradicionais, com seus métodos de manipulação da opinião pública e de desprezo e discriminação pelo povo e por tudo o que é popular.

O povo percebe a diferença entre a demagogia opositora, não dá ouvidos a quem pretende ser eqüidistante dos dois campos em luta, relega ao ostracismo os que pretendem que nada mudou no Brasil. O povo não é bobo, encontra em Lula e na Dilma as vertentes do futuro, reconhecem a valorização do Brasil, sentem a auto-estima revigorada, superam o desalento, voltam a acreditar em si mesmos e no país.

Por isso o povo impõe a mais acachapante derrota às elites tradicionais, com sua velha imprensa, seus políticos caducos, sua demagogia superada. Derrota os caciques tradicionais que os enganaram durante tanto tempo, mandam FHC para o exílio e Serra para a aposentadoria, os tucanos para o museu da história.

“Esse povo de quem fui escravo, não será mais escravo de ninguém”, pregava e previa o Getúlio na sua Carta Testamento. Quem não reconhece esse povo, que começa a construir sua soberania, sua emancipação, seu destino próprio, suas formas solidárias de vida, está de costas para o país e merece ser derrotado fragorosamente nas eleições deste ano.


Fonte: Blog d Emir/Carta Maior

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Tiririca: pior não fica?

O voto folclórico, pitoresco, brincalhão, como manifestação deformada de “protesto” expõe limitações do próprio sistema eleitoral e demonstra a urgência da reforma política para introduzir o voto em listas e o financiamento público de campanhas.

Por José Carlos Ruy*




Cacareco, vereador mais votado em 1959

Entra eleição, sai eleição, e a coleção de "cacarecos" da história política brasileira aumenta. Cacareco, um rinoceronte do Zoológico de São Paulo, foi o "vereador" mais votado para a Câmara Municipal de São Paulo em 1959. Trinta anos depois, em 1988, foi a vez do Macaco Tião, um chimpanzé do Zôo do Rio de Janeiro que ficou em terceiro lugar na eleição para a Prefeitura.


Eles representaram o desânimo do eleitor. Em 1959 a luta democrática avançava, havia ainda algum eco da comoção popular provocada pelo suicídio do presidente Getúlio Vargas, a falsificação dos resultados eleitorais ainda era muito comum, assim como o voto de cabresto e outros inúmeros mecanismos ilegais para falsear a manifestação da soberania popular nas urnas.

O lançamento do nome de Cacareco ocorreu em Osasco que era, na época, um bairro da zona oeste de São Paulo e cuja luta pela autonomia municipal esbarrava na oposição dos vereadores da capital. Lá, foram impressas cerca de 100 mil cédulas eleitorais (na época eram os candidatos e partidos que forneciam esse documento para o voto, e não a Justiça Eleitoral) em nome do símbolo do protesto. Quase imediatamente o movimento se espalhou pela cidade de tal forma que, como registrou a edição da revista O Cruzeiro (uma espécie de Veja de então), o "candidato" teve uma média de 20 a 30 votos por urna, em todos os bairros. Foi, de longe, o mais votado, com quase 100 mil votos - mais do que o partido que mais recebeu votos, que teve cerca de 95 mil, e muito mais do que o vereador com maior votação, que teve 11 mil.

Três décadas depois o Brasil vivia o primeiro ano da Constituição de 1988 – que a direita conservadora classificou como um "desastre" – estava às vésperas da primeira eleição presidencial direta depois do jejum de 28 anos imposto pela ditadura militar (a última eleição foi a de 1960, que elegeu Jânio Quadros) e assistia ao início do embate aberto das correntes avançadas e progressistas contra o neoliberalismo que dava seus primeiros passos por aqui e o prestígio do governo do presidente José Sarney era declinante em todo o país.



Macaco Tião: 400 mil votos em 1988

Na eleição municipal daquele ano (que, em São Paulo, foi vencida pela candidata do PT, Luiza Erundina e, no Rio de Janeiro, por Marcelo Alencar, do PDT) os humoristas do Casseta e Planeta, que tinham o programa TV Pirata na Globo, lançaram a candidatura do Macaco Tião. Ele foi o terceiro mais votado, com 400 mil votos, ou 9,5% do total.

Depois da implantação do voto eletrônico, ficou impossível usar como protesto o voto nulo ou candidaturas falsas como estas do rinoceronte paulista e do chimpanzé carioca. O instrumento para a manifestação do desencanto de uma parcela do eleitorado passou a ser veiculado, nestas condições, através da opção por candidaturas reais, com registro e tudo mais, mas que a mídia e grande parcela do eleitorado consideram inusitadas. É o caso das candidaturas notórias, na eleição deste ano, de personalidades como o humorista e cantor Francisco Everardo Oliveira Silva, o "Titirica" (PR); da modelo e apresentadora de TV Suellem Aline Mendes Silva, "Mulher Pêra" (PTN); e da funkeira carioca Tatiana dos Santos Lourenço, a "Tati Quebra Barraco" (PTC).

O caso mais notório é o do humorista Tiririca, cujas palavras de ordem ganharam a boca do povo, como a que diz "Vote Tiririca, pior do que está não fica". Apesar disso, o candidato não se apresenta como uma alternativa jocosa, humorística. Diz que, se eleito, vai ser deputado federal como os demais. "Eu tenho que chegar lá com moral, para conseguir as coisas, mas primeiro eu tenho que ganhar", alcançar o poder para "fazer pelos outros". Defende criminalizar o preconceito contra os nordestinos (ele nasceu no Ceará), criar uma lei para "regulamentar os partos" e outra com "incentivos fiscais para circos".

Assim, visto de perto, não é diferente de tantos candidatos que, de alguma forma exprimem a permanência de uma consciência política ainda limitada em fatias do eleitorado (e não só entre os mais pobres, mas principalmente em extensas camadas da chamada classe média. Revela problemas sensíveis não só dessa "consciência média", particularmente dos setores menos politizados e informados, mas também a sensibilidade desse contingente da população à permanente campanha da mídia dos patrões pela desmoralização da política, do Congresso e da própria democracia representativa. Finalmente – o que é o mais grave – põe a nu as mazelas do próprio sistema eleitoral.


A cada vez que um jornal, uma revista, um noticiário de televisão, mostram a imagem do plenário vazio da Câmara dos Deputados como exemplo da falta de empenho e seriedade dos parlamentares no desempenho de seus mandatos, o resultado é a desmoralização daquela instituição e de seus membros. A divulgação rotineira de escândalos de corrupção envolvendo parlamentares amplia aquele esforço de desmoralização, generalizando injustamente graves irregularidades cometidas por alguns parlamentares e que passam a marcar a imagem do conjunto da instituição, e a própria política como atividade onde ocorre o entrechoque de programas para o país e a defesa de interesses que não são pessoais, mas de classe. Difunde a imagem de que os políticos são poderosos, ricos e corruptos. De que os deputados não trabalham e defendem apenas seus interesses pessoais.

Tiririca: "tenho que chegar lá com moral"

Este fenômeno tem raízes na própria estrutura da luta política nas democracias ocidentais. A prolongada crise vivida nas economias capitalista centrais desde a década de 1970, e a saída neoliberal implantada desde então, fez ruir a crença em projetos coletivos alternativos ao sistema capitalista, e colocou o indivíduo e suas vicissitudes no centro das inquietações.

O desencanto com a política, na Europa e nos EUA, traduz-se desde então em elevados níveis de abstenção eleitoral e no declínio eleitoral de partidos tradicionais e daqueles com ligações com o movimento operário e popular, levando a opções, muitas vezes, por saídas radicais de direita, que também acabam enlameadas e alternam sucessos eleitorais com derrotas acachapantes.


No Brasil, o protesto parece ter outro significado: na maior parte das vezes o protesto popular nas urnas ocorre nos momentos (como as décadas de 1950/60, de 1980 e, agora, nos anos Lula) em que, no conflito com as forças do progresso social, a direita e seus aliados ficam sem outro discurso a não ser o da desmoralização sistemática das instituições democráticas. É o ovo da serpente que gesta o fascismo...


Mas há outro aspecto que precisa ser lembrado: as mazelas do sistema eleitoral. No Brasil, tradicionalmente os eleitores votam em candidatos e não em partidos, sistema que está na raiz desta forma de protesto focado em personalidades. E que expõe a urgência de uma reforma política que mude este quadro implantando o voto em lista e o financiamento público de campanha.

A direita e os conservadores têm urtigas quando se defende esta proposta que choca de frente com seus interesses: o voto em lista reforça os partidos pois leva o eleitor a optar por um ou outro dos programas que os partidos defendem. E é uma prática com a qual a imensa maioria dos brasileiros está habituada: voto em lista é voto "em chapa", como ocorre em eleições sindicais, em grêmios, entidades estudantis e outras cujas diretorias são eletivas. Além de fortalecer os partidos, o voto em lista impede o uso de biombos personalistas ou jocosos para esconder programas antipopulares que os partidos da direita não podem apresentar abertamente.

O financiamento público de campanha é outro privilégio dos ricos que uma reforma política como esta eliminaria, promovendo uma igualdade efetiva, pelo menos ao nível legal, entre todos os que concorrem a eleições, sejam ricos ou pobres. No formato atual, os candidatos ricos ou ligados às classes dominantes ocupam pole positions dadas pelos recursos fartos de que podem dispor. Os pobres dependem de empréstimos, doações e outras formas de obtenção limitada de recursos.

Este é o caldo de cultura onde vicejam os "cacarecos", os "macacos tiões" e, também, os "tiriricas". Enquanto não mudar, eles terão espaço para existir.



*jornalista, editor do jornal Classe Operária

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

LULA IGNORA GEDDEL

A coluna Painel do Jornal Folha de S. Paulo, na edição desta quinta-feira (26), anota: “Resposta de Lula a quem lhe perguntou sobre a pressão do PMDB de Geddel Vieira Lima para que o presidente não fosse a comício com Jaques Wagner (PT) na Bahia: "Quando o Geddel decidiu ser candidato, ele não perguntou o que eu achava. E palpite sobre onde vou só a Marisa dá".


Essa é a resposta para os que duvidam de quem é o verdadeiro time de Lula na Bahia.
Wagner, sempre foi amigo e aliado fiel a Lula e ao projeto de desenvolvimento do governo.
Geddel, ao contrário, passou todo o primeiro mandato de Lula na oposição e criticando e atacando duramente o governo. Com a vitória nas eleições de 2006, ganhou de presente Wagner um ministério importante e devolveu com traição e ingratidão com a arrogância que lhe é peculiar.
Usou a máquina para prejudicar o governo e atrasar obras importantes para os baianos. Hoje, depois que ele saiu do governo, Wagner teve condições de trabalhar e o povo reconhecer. As pesquisas comprovam isso
No oeste, a deputada que se elegeu no grupo de Paulo Souto, pulou para os braços do governo, mamou, exigiu cargos, nada trouxe para a região e depois abandonou o governo para se abrigar numa legenda que possa lhe garantir a reeleição e hoje vive atacando Wagner e usando a bandeira da criação do estado do Rio São Francisco para angariar uns votinhos. A coerência e o respeito aos eleitores é zero. Não faz mais nada a não ser atacar a prefeita onde chega. Carrega um certo deputado estadual que se diz da região e até candidato a prefeito de Salvador já foi, e  hoje quer ser federal que não tem o que mostrar em Barreiras de obras, emendas ou uma pequena ação que beneficie o povo.
O povo já cansou. É preciso eleger deputados tenham condições de ajudar os municípios a sair da condição difícil em que se encontram com Emendas orçamentárias e obras, não só para Barreiras, mas, para toda as cidades da região. Esse é o verdadeiro papel de um parlamentar que respeito o voto que recebeu.  Acabou o tempo da xingação. Só a deputada não percebeu.

Valeu LULA!!

A Bahia é Wagner e Dilma, Lídice e Pinheiro!
Kelly Magalhães 65123

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A "onda Dilma" e as eleições pra deputados

O anúncio, no sábado (21), da dianteira de 17 pontos percentuais alcançados por Dilma Roussef nas pesquisas eleitorais sobre o candidato da direita à Presidência da República, José Serra aprofundou o desânimo e a apatia na campanha da oposição. E simultâneamente acendeu a luz verde para outra disputa, que ganha destaque: a luta pra derrotar a direita e os conservadores nas Assembleias, Câmara e Senado Federal.
A Bahia, da mesma forma que o restante do país atende ao chamado da continuidade do governo do progresso, da inclusão social, da geração de emprego e renda e especialmente do espírito democrático do governo de Wagner.
É Preciso alertar o povo e chamar atenção no oeste: o DEM antigo PFL, herdeiro direto da ditadura militar que conseguiu manter, ao longo destes 25 anos depois do fim do regime de arbítrio, uma influência muito grande, é um dos ramos do PDS(Partido Democrático Social, ex-Arena, o Partido da ditadura militar), que, para se manter no manter no poder mudou o nome para Partido da Frente Liberal e no Nordeste, especialmente na Bahia, foi comandado pela mão de ferro do falecido senador ACM. Hoje, ACM Neto e Paulo Souto tentam mantém acesa a chama conservadora e atrasado do PFL e voltarem ao poder.
Como não podia ser diferente, é  justamente o candidato a deputado do DEM os que mais torra dinheiro para conseguir um mandato parlamentar. Pelo oeste esta turma que não está com Wagner e Dilma, cujas pesquisas já mostram a vitória esmagadora no primeiro turno, não poderá fazer nada pelo povo caso sejam eleitos. Cansamos de oposição irresponsável, inconsequente que tem como alvo apenas a disputa pela prefeitura.
O Oeste e Barreiras precisam de deputados comprometidos com projeto de reeleição de Wagner e a eleição de Dilma, para garantir investimentos, obras, emendas e ações efetivas tanto do governo estadual, quanto federal. Do contrário, continuaremos da mesma forma: sem voz, sem sem representatividade e sem força para reivindicar o que precisamos, queremos e temos direito.
Reconhecemos todas as dificuldades da prefeitura de Barreiras especialmente na área de infraestrutura, e com um mandato de deputada aliado a um governo sério como o de Wagner, conseguiremos trazer os recursos que Barreiras precisa para orgulhar o seu povo.
Diga não aos candidatos do DEM, diga não aos candidatos do oportunista do PMDB, que usou o governo de Wagner para tentar crescer e só fez prejudicar o povo baiano com picuinhas e disputas medíocres.
Diga sim ao projeto de Wagner e DILMA e sim aos deputados desse time, para Barreiras e o Oeste seguirem em frente.
KELLY 65123
OZIEL 1213
PINHEIRO 130
LÍDICE 400
WAGNER 13
DILMA 13
Eleger uma bancada comprometida com esse projeto e Derrotar o DEM e  os Tucanos que afundaram o Brasil esse é o compromisso de quem quer uma Bahia e um Brasil seguindo rumo ao progresso.
VAMOS A VITÓRIA!!!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

D. RICARDO, O BRAVO GUERREIRO NOS DEIXOU

Barreiras, o oeste da Bahia e toda a Bahia, perdeu nesta madrugada um grande combatente em favor da luta do povo e do oeste baiano.
D. Ricardo, dedicou sua vida à causa da Igreja, aos menos favorecidos e contribuiu significativamente, para o avanço e o desenvolvimento da nossa região.
Deixa um enorme vazio no coração dos barreirense que conviveram com ele de perto e sabia de sua generosidade e amor ao próximo, deixa seu rebanho enlutado e entristecidos pela dor da perda, mas acima de tudo conscientes de que é preciso levar adiante os seus ensinamentos e exemplo de vida.
Viva D. Ricardo! Eternamente!

Kelly Magalhães

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

João Cego, aquele que não vê nada coitado!

Há alguns dias Barreiras e região vem sendo varrida por panfletos apócrifos. Os primeiros davam conta de que Oziel tinha sido impugnado e que era ficha suja. Agora, um certo anônimo com o pseudônimo de João Cego, soltou vários panfletos com ataques preconceituosos, idiotas e pobre de conteúdo para tentar atingir minha imagem, tentando me intitular como a candidata da mala rosa.
A pobreza de espírito, é sem dúvida nenhuma um dos graves defeitos de caráter e a  torpeza para atingir os adversários com ataques infames, infelizmente ainda domina a cena política em Barreiras. Pelo conteúdo e pelas palavras, quem escreveu mostrou a sua verve preconceituosa de que pobres não devem usar nada bom e que só aos ricos é dado o direito de se vestir e usar produtos de qualidade. Não me espanta, já tinha dito em outras oportunidades que o preconceito social contra quem veio de origem humilde e hoje está na cena política, incomoda muito aos que detém poder economico. 
Devo estar incomodando muita gente rica, que ao contrário de mala rosa, tem dinheiro além das malas e um muito guardado em cofres públicos para torrar em campanhas eleitoreiras.
Nada me atinge. tenho a consciência limpa e deito e durmo o sono dos justos. Continuarei na luta pedindo votos em Barreiras e no oeste, para chegar a Assembleia Legislativa da Bahia e honrar cada voto que receber com trabalho e coragem para lutar pelo povo. 
Adoro a cor de rosa, mas, nesse momento estamos todos vermelhos de Dilma e Wagner para derrotar no primeiro turno os amarelos covardes que estão comprando a consciência e o voto de muitos para tentar ganhar um mandato e se vender depois para ter benesses no governo. Esse é o verdadeiro caminho de quem faz política na base da compra de votos.
De fato, só mesmo um João Cego coitado, para soltar panfletos anônimos tentando atacar minha honra e dignidade. Se ele quiser enxergar direitinho basta um colírio nos olhos  para ver  quem tem muitas malas para sair comprando votos no oeste e em outras regiões.
Dilma subiu a serra, Wagner deixou o Paulo preso e nós do time de Lula no oeste, vamos em frente, firmes, confiantes e acima de tudo respeitando as pessoas e lutando para fazer do oeste, uma região com legitimidade de representação e próspera.
até a próxima João Cego, quem sabe daqui até lá até você não vota em mim? 
KELLY 65123

sábado, 7 de agosto de 2010

Pérolas da política no Oeste e a capacidade de subestimar o povo

"Nossa defesa contra a tirania está no espírito que preza a liberdade como herança de todos os homens, em todos os lugares. Destruam esse espírito e vocês terão plantado as sementes do despotismo diante de suas portas. Acostumem-se  aos grilhões do cativeiro e terão pés e mãos preparados para usá-los. habituados a espezinhar os outros, vocês perderão a essência de sua própria independência e se tornaram súditos perfeitos para o primeiro tirano astuto que surgir entre vocês."

Extraio esse trecho de discurso de Abraham Lincoln,  proferidos numa campanha para o Senado americano em 1858. Uso estas palavras do grande líder americano, para fazer um breve paralelo do discurso do deputado ACM Neto conhecido como grampinho, cujo mandato que tem é obra apenas da força política do falecido avô. Os tempos mudaram, hoje,  tirania a que me refiro é a do poder econômico, que no oeste está dominando.
ACM Neto, em mais um lançamento da candidatura do irmão do prefeito de São Desidério, cuja campanha política entrará para os anais da  história política da Bahia mais pelo volume de dinheiro gasto do que por outro feito, proclamou em alto e bom som que ZITO BARBOSA será o futuro prefeito de Barreiras, pela capacidade administrativa.
Somente entre junho e julho de 2010, o município de São Desidério arrecadou em torno de 14 milhões de reais. É fácil  administar um município, cuja população gira em torno de 25 mil habitantes, é o 2º  maior PIB agropecuário do Brasil, maior produtor de algodão e arrecada mais ICMS que Barreiras.
Falta explicar porque a região que produz essa riqueza e faz dos Barbosas uma das familias mais ricas do Oeste, o Distrito de Roda Velha, está abandonado, sem infra-estrutura, ruas na escuridão completa, mato por todos os lados, sujeira, falta de segurança e, sequer possui um posto de saúde. O dinheiro só dá para atender a cidade e os pequenos povoados? quem produz a riqueza não é digno de desfrutar de condições de vida melhor? ou é medo de um povo com cultura diferente, esclarecida e formadora de opinião que impôs aos Barbosa uma fragorosa derrota nas eleições municipais?
Perguntar não ofende, porque uma cidade com uma arrecadação tão grande, não cresce, não atrai empresas, não amplia a estrutra urbana e não investe em escolas técnicas para os filhos dos pequenos  produtores rurais?
Como explicar aos olhos do povo uma mega mansão construída a beira de um lago todo urbanizado com recursos federais? Não é humilhante olhar tantas casas humildes mas dignas cercar um castelo como aquele?
Voltando ao grampinho, será que ele, que desfrutou de um governo tirano que governava com um chicote na mão e o dinheiro na outra durante 16 anos seguidos e influenciou os governos do Brasil para enriquecer as custas do erário público e enganar o povo com dicursos e práticas atrasadas, que já foram derrotadas e continuarão no ostracismo porque "com tiranos não combinam brasileiros corações", pensa que o povo de Barreiras é idiota? que não temos capacidade de reflexão e queremos viver a nova moda da tirania que é a do poder econômico? Não grampinho, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Comprar um mandato de deputado é a única alternativa que tem para os que não tem o que mostrar, para os que não tem história e querem o poder pelo poder. É bom ter irmão prefeito, irmão vice-prefeito, cunhadas secretárias, parentes ex-prefeito, formando uma oligarquia familiar. 
Eleição de prefeito em Barreiras é outra coisa. temos um povo inteligente, sagaz, que analisa criteriosamente e dá mesma forma que elegeu, se não aprovou, tira na urna. Essa identidade é nossa. Não vamos destruir o nosso espírito de liberdade iludidos por uma falácia de um governo que não real; não vamos nos acostumar aos grilhões do cativeiro porque Barreiras já deu seu grito de liberdade aos dezesseis anos de mando de uma família que enganou a muitos com um discurso que também não era real.
Vamos construir a nossa própria história, com erros e acertos, mas nossa.
ACM NETO em dois mandatos e com muitos votos do oeste, nunca disse a que veio, nunca investiu nada na região e só aparece de quatro em quatro anos para usurpar os votos daqui. A estrutura da família Barbosa, que é a mesma que o NETO tinha, deve ter despertado uma saudade enorme para ele ter soltado aquela pérola. Não precisamos de tiranos astutos entre nós. E como disse o próprio Lincoln: "A URNA É MAIS FORTE DO QUE A ARMA". E A ARMA QUE VAMOS DERROTAR É O DINHEIRO.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

PRO OESTE SEGUIR EM FRENTE

Começo mais uma jornada. Uma dura jornada. Muito diferente das que tenho enfrentado desde que entrei para a política. Desde o início já sabia dos desafios que era enfrentar uma candidatura a deputada estadual, com a conjuntura política que temos no oeste da Bahia. Em 98, saí como candidata cumprindo um papel de soldada do Partido que precisava garantir presença política na Assembleia Legislativa da Bahia e não fez coligação com outros partidos. Meu papel e de tantos outros camaradas  Bahia afora, serviu ao projeto político e reelegemos a combativa deputada Alice Portugal. Em 2004, quando me elegi vereadora, não pensava ser candidata a deputada. O trabalho que fizemos foi reconhecido pelo povo e havia um vazio na região com poucos candidatos natos.
Alcancei mais de de 17 mil votos e não tive apoios fora da região que pudesse garantir uma vitória. Enfrentei várias candidaturas impostas pelo sistema carlista que distribuía para os prefeitos os pacotes prontos. Não tive o apoio do prefeito mesmo sendo da base de governo, que alegou que eu não era do Partido dele e trouxe dois candidatos de Salvador, dividindo o grupo e fragilizando o que eu já tinha de apoios na época. Faltei muito pouco para estar na Assembleia Legislativa da Bahia e trabalhar pela região e pelo povo.
Em 2010, a história é outra. Entrei como vereadora com objetivo de lutar e ser candidata a deputada. Prezo o apoio da prefeita Jusmari que soube reconhecer que aliados não são só para apoiar e sim para também receber apoios. Em 20 anos de mandatos legislativos, Jusmari construiu relações de amizade e política e consolidou grupos firmes que sabem reconhecer a sua liderança e dinamismo em lutar pelo oeste da Bahia.
E é este o diferencial que tenho na luta pelo mandato de deputada em relação ao passado.  Consegui fazer chegar a minha voz e a minha luta onde antes eu não chegava. Agradeço aos que abriram suas portas através de Jusmari Oliveira para  que eu pudesse entrar em vária cidades do oeste da Bahia. Não tenho poder econômico. Tenho História, determinação e coragem pra lutar pelo que acredito.
Jusmari tem enfrentado muitas dificuldades. Como prefeita e como liderança política regional que disse não ao grupo que seguiu por duas década. A opção por Wagner e Lula, fez dos antigos aliados, inimigos ferozes que se unem com o objetivo de fragilizar a liderança da prefeita. 
Eu e Oziel,   temos sido alvos prediletos dos adversário. A distorção dos fatos, a leviandade de determinados meios de comunicação, a difamação, o ataque gratuito, tem sido uma constante nessa campanha. As contas de Oziel que vieram aprovadas pelo TCM, foi motivo de muito debate e vai e vem nos bastidores da política e dos adversário que queriam a todo custo reprovar para deixá-lo inelegível. O mesmo tratamento não foi dado a outros pretensos candidatos com contas rejeitadas pelo Tribunal e o silêncio da imprensa é sepulcral quando se trata de falar das contas do ex-prefeito, que saiu em rede estadual como único candidato com ficha suja pelo TCM no oeste da Bahia.
De minha parte, além dos ataques de todos os lados, enfrento a mala de dinheiro de um certo candidato que nunca ganhou nem pra  vereador na sua cidade quando disputou e tem como especialidade comprar votos e lideranças, em especial aquelas que já estavam fazendo a minha campanha. Passei um ano construindo uma plataforma de trabalho na região e o candidato da mala em apenas um dia, comprou apoios em quase toda região do Rio Corrente. É lamentável. Falta discernimento e seriedade.  As lideranças  vendem seus apoios e vendem as pessoas sem que elas saibam quanto custaram. Que compromisso tem quem compra votos a um preço médio de R$ 20,000,00?  E quem vendeu o voto? poderá cobrar o que para melhorar a vida das pessoas e de seus municípios?
A batalha não será fácil. Além de candidatos demais, ainda virá os "paraquedistas" também com dinheiro na mão comprando eleições. Continuarei firme. Apoiei Wagner por acreditar que a Bahia precisava  construir um novo modelo, que incluísse as pessoas e promovesse o desenvolvimento. Muito já foi feito e muito ainda há por fazer. A parceria com o governo LULA foi fundamental alavancar o projeto de construção de uma nova Bahia.
O oeste, mesmo com o nosso sentimento legítimo de autonomia, sente a diferença no governo de Wagner. As estradas estão sendo recuperadas, a saúde foi melhorada, o SAMU chegou a todos os munícipios, o corpo de bombeiros é uma realidade, os investimentos na segurança aumentaram, o esgoto a céu aberto que tanto infelicita Barreiras vai acabar com a nova rede de esgotamento sanitário e acima de tudo, a Bahia respira democracia, não tem mais chefe que proíbe ver as contas do governo como Paulo Souto fazia.
Conto com o apoio e o voto daqueles que conhecem a nossa determinação e garra. Estar na Assembleia Legislativa da Bahia, mais do que desejo,  é vontade de  fazer essa região forte e reconhecida na sua capacidade.
Faremos campanha voto a vota, cidade a cidade. Os amigos e apoios conseguidos em municípios como Ibotirama, Muquém, Morpará, Buritirama, Serra Dourada, Bom Jesus da Lapa, Sítio do Mato, Canapólis, Santa Maria da Vitória, Brejolândia, Mansidão, Tabocas, Coribe, São Félix, Paratinga, Santana, Correntina, dentre tantos outros onde não tinha feito polítca antes, são frutos da parceria leal com a prefeita Jusmari. Continuaremos firmes, nosso objetivo é fazer o OESTE SEGUIR EM FRENTE com Kelly 65123, OZiel 1213 deputados, Wagner governador 13 e DILMA presidente 13. Esses são os candidatos de LULA no oeste.
 Chegaremos lá com fé em DEUS e a força do povo!

KELLY MAGALHÃES  65123

terça-feira, 6 de julho de 2010

Defender o povo e cumprir a Lei

Ao assumir a presidência da Câmara em 2009, recebemos do TCM o relatório das contas anuais do ex-prefeito Saulo Pedrosa. Como determina a Lei, especialmente, a Lei Orgânica e o Regimento Interno da Câmara de Vereadores, o Relatório tem 60 dias para ser apreciado e colocado em votação;  só podendo ser alterado a decisão por maioria de 2/3 dos vereadores. Não sendo votado, permanece a decisão da Corte de Contas.
As Contas do ex-prefeito, que já vieram reprovadas e multadas, foram votadas no dia 15 de Setembro de 2009, sendo mantido o Parecer do TCM pela reprovação, que é o órgão auxiliar das prefeituras e das Câmaras na análise técnica dos gastos dos recursos públicos. Exercendo o papel  fiscalizador e de controle externo.
Dez meses depois, já com a pré-candidatura em campo, o ex-prefeito se lembrou da ficha suja no Tribunal de Contas e entrou com uma ação na justiça pedindo a anulação da votação na Câmara, alegando cerceamento de defesa.
As Câmaras, sempre são ridicularizadas quando da votação de Contas de gestores, especialmente quando vem reprovadas e os vereadores derrubam o Parecer do TCM. Aí, sempre acusam vereadores de serem comprados ou beneficiados  pelos prefeitos, que fazem o que querem com o dinheiro público por que terão sempre o aval do Poder Legislativo para derrubar a reprovação  e não ficarem inelegíveis.
Em 2005, quando também exerci a presidência, o prefeito era Saulo Pedrosa, que queria a todo custo derrubar na Câmara o Parecer do TCM que aprovava com ressalvas as contas do ex-prefeito Antônio Henrique. Diga-se de passagem, sem dar o direito a defesa hoje alegado por ele. Não foi possível. Mesmo com um relatório feito por uma equipe jurídica e contábil eficiente, prevaleceu o Parecer do TCM.
"DEFENDER O POVO E CUMPRIR A LEI, ESTA É A MISSÃO DO HOMEM PÚBLICO".  Estas palavras foram escritas  recentemente na imprensa em um artigo do ex-gestor que agora alega descumprimento da Lei para poder ser candidato a deputado, como ele mesmo disse também,: " ...a prefeita me ressuscitou com a má gestão. O povo me quer candidato."
A prefeita pode até te-lo ressuscitado, mas o TCM também o ressuscitou dos mortos vivos assombrados pelas rejeição das contas, como fez com diversos ex-gestores.
Como ele mesmo disse, os vereadores cumpriram a LEI e defenderam o povo. Essa é a missão de homens e mulheres que exercem cargos públicos.
Kelly Magalhães
vereadora